ATA DA VIGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 05-4-2004.
Aos cinco dias do mês de abril de dois mil e quatro,
reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Ervino
Besson, Helena Bonumá, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Raul Carrion e
Sofia Cavedon. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo
Filho, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes,
Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, Nereu
D'Avila, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sebastião Melo,
Valdir Caetano e Wilton Araújo. Constatada a existência de quórum, a Senhora
Presidenta declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos
de cópias das Atas da Oitava e Nona Sessões Ordinárias, que foram aprovadas. À
MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Beto Moesch, o Pedido de Informações nº
048/04 (Processo nº 1869/04) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 072/04
(Processo nº 1841/04); pelo Vereador Isaac Ainhorn, os Pedidos de Providências
nos 0545, 0546, 0547 e 0548/04 (Processos nos 1614, 1616, 1617 e 1619/04,
respectivamente); pelo Vereador João Antonio Dib, os Pedidos de Providências
nos 0587 e 0591/04 (Processos nos 1686 e 1700/04, respectivamente); pelo
Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providências nos 0628, 0629, 0630,
0631, 0632, 0633, 0634, 0635 e 0636/04 (Processos nos 1760, 1761, 1762, 1763,
1764, 1766, 1767, 1768 e 1769/04, respectivamente) e o Pedido de Informações nº
045/04 (Processo nº 1585/04); pelo Vereador Juarez Pinheiro, o Projeto de Lei
do Legislativo nº 073/04 (Processo nº 1858/04); pelo Vereador Nereu D’Avila, o
Projeto de Lei do Legislativo nº 071/04 (Processo nº 1710/04). Também, foi
apregoado o Ofício nº 148/04, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre,
encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 008/04 (Processo nº 1868/04).
Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Nereu D’Avila,
deferido pela Senhora Presidenta, solicitando o desarquivamento do Projeto de
Lei do Legislativo nº 078/91 (Processo nº 1179/91). Do EXPEDIENTE, constaram:
Ofícios nos 088/04, do Senhor Carlos Atílio Todeschini, Diretor-Geral do
Departamento Municipal de Água e Esgotos – DMAE; 117/04, do Senhor Valdemir
Colla, Superintendente de Negócios da Caixa Econômica Federal – CEF; Comunicado
n° 19712/04, do Senhor José Henrique Paim Fernandes, Presidente do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Na ocasião, foi apregoado o
Memorando nº 058/04, firmado pela Vereadora Margarete Moraes, Presidenta da
Câmara Municipal de Porto Alegre, através do qual Sua Excelência informa que o
Vereador Valdir Caetano se ausentará da presente Sessão para representar
externamente este Legislativo no lançamento da campanha “16 Anos: uma Idade
Inesquecível”, às quinze horas de hoje, no Tribunal Eleitoral, na Rua Duque de
Caxias. Após, a Senhora Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, aos
Senhores Jorge Vieira da Costa e Cláudio Cezar de Freitas Silva,
respectivamente Coordenador-Geral e Coordenador de Eventos da TV Porto Alegre –
POATV, que discorreram a respeito da origem dessa emissora de televisão,
salientando que esse canal comunitário nasceu da iniciativa de instituições
não-governamentais do Município de Porto Alegre, contando atualmente com trinta
e oito entidades que lhe dão apoio. Também,
destacou que a POATV tem como seu principal compromisso a veiculação de uma
programação local, com o foco voltado para as notícias, o entretenimento e os
serviços de utilidade pública. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do
Regimento, as Vereadoras Sofia Cavedon e Clênia Maranhão, os Vereadores Beto
Moesch, Raul Carrion, Elói Guimarães e Reginaldo Pujol manifestaram-se acerca
do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Na oportunidade, a Senhora
Presidenta saudou o retorno, a este Legislativo, dos Vereadores Gerson Almeida,
Guilherme Barbosa, Helena Bonumá e Sofia Cavedon, informando que o Vereador
Gerson Almeida e a Vereadora Helena Bonumá integrarão a Comissão de
Constituição e Justiça, a Vereadora Sofia Cavedon integrará a Comissão de
Urbanização, Transportes e Habitação, e o Vereador Guilherme Barbosa integrará
a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL. Em prosseguimento,
por solicitação do Vereador Reginaldo Pujol e da Vereadora Clênia Maranhão, foi
realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma, respectivamente, ao
Senhor Jorge Salim Allem, publicitário, falecido hoje, e ao Senhor Octavio
Ianni, sociólogo, falecido no dia quatro de abril do corrente, tendo o Vereador
Elói Guimarães manifestado-se a respeito do falecimento do Senhor Jorge Salim
Allem. Em continuidade, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado
a homenagear o transcurso do septuagésimo quinto aniversário do Grêmio Náutico
Gaúcho, do sexagésimo aniversário do Teresópolis Tênis Clube e do sexagésimo
aniversário do Clube Farrapos, nos termos do Requerimento nº 003/04 (Processo
nº 0108/04), de autoria do Vereador João Bosco Vaz. Compuseram a Mesa: a
Vereadora Margarete Moraes, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre; o
Senhor Raul Mendes da Rocha, Presidente do Grêmio Náutico Gaúcho; o
Tenente-Coronel Cláudio Paiva, Presidente do Clube Farrapos; o Senhor Luiz
Fernando Mello Tarasiuk, Presidente do Teresópolis Tênis Clube; o Vereador João
Carlos Nedel, 1º Secretário deste Legislativo. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador João
Bosco Vaz, como proponente da presente homenagem, discorreu acerca da história
do Grêmio Náutico Gaúcho, do Teresópolis Tênis Clube e do Clube Farrapos,
salientando que o Teresópolis Tênis Clube recebeu premiação no concurso “Top of
Mind” do corrente ano. Também, ressaltou a competência das administrações dos
clubes homenageados, citando nomes que promoveram o desenvolvimento dessas
instituições. A Vereadora Clênia Maranhão parabenizou o Vereador João Bosco Vaz
pela iniciativa da presente homenagem, destacando a necessidade de que sejam
estreitados os vínculos do Parlamento com as instituições sociais do Município.
Ainda, enfocou o papel dos clubes como espaço insubstituível de integração
entre as pessoas, salientando a participação dessas entidades em atividades de
lazer e de fortalecimento da cidadania. O Vereador Elói Guimarães, sublinhando
o reconhecimento desta Casa em comemorar o aniversário de clubes do Município
de Porto Alegre que se destacam pela participação efetiva na sociedade, teceu
considerações acerca do papel significativo que têm as três entidades hoje
homenageadas. Nesse sentido, justificou que essas agremiações possuem funções
de escolas e centros de cultura, cumprindo responsabilidades sociais
pertinentes ao Estado, sem gerar ônus para o serviço público. O Vereador Nereu
D'Avila congratulou o Teresópolis Tênis Clube, o Clube Farrapos e o Grêmio
Náutico Gaúcho pela passagem de seus aniversários, lembrando que a esposa de
Sua Excelência, Senhora Sônia D’Avila, foi a primeira mulher a ocupar o cargo
de conselheira do Grêmio Náutico Gaúcho. Em relação ao assunto, referiu-se à
relevância das interações que os clubes municipais têm com a sociedade,
apontando a necessidade do ser humano em se agregar em torno de objetivos
comuns. O Vereador Carlos Alberto Garcia parabenizou o Vereador João Bosco Vaz
por ter proposto a presente homenagem, afirmando que uma das mais
significativas funções dos clubes é harmonizar pessoas com visões de mundo
distintas e enfatizando a segurança que essas entidades oferecem a seus
freqüentadores. Ainda, citou sua participação no Congresso Nacional de Gestores
Desportivos, em Campo Grande – MS, no mês de março do corrente, onde foram
abordados assuntos atinentes aos clubes esportivos. Em continuidade, a Senhora
Presidenta concedeu a palavra ao Senhor Luiz Fernando Mello Tarasiuk, ao
Tenente-Coronel Cláudio Paiva e ao Senhor Raul Mendes da Rocha, que destacaram
a importância do registro hoje feito por este Legislativo, com referência ao
transcurso do septuagésimo quinto aniversário do Grêmio Náutico Gaúcho, do
sexagésimo aniversário do Teresópolis Tênis Clube e do sexagésimo aniversário
do Clube Farrapos. Às quinze horas e quarenta e três minutos, os trabalhos
foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e quarenta e
seis minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador
Cláudio Sebenelo saudou o retorno, a esta Casa, dos Vereadores Gerson Almeida e
Guilherme Barbosa e das Vereadoras Sofia Cavedon Helena Bonumá. Ainda, teceu
críticas à atuação do Governo Federal, reportando-se a declarações efetuadas
pelo Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República, relativas ao
sistema de aprendizagem por ciclos adotado em duzentos Municípios brasileiros,
inclusive em Porto Alegre. O Vereador Elias Vidal comentou reportagem publicada
no dia dois de abril do corrente, no jornal Zero Hora, intitulada “Monumentos
são retirados da Redenção para evitar furtos”, afirmando que atualmente se
observa um clima de violência e falta de segurança nas áreas públicas de Porto
Alegre. Sobre o assunto, defendeu o cercamento do Parque Farroupilha, como
medida capaz de viabilizar um melhor aproveitamento desse local pela população.
O Vereador Gerson Almeida discorreu sobre sua atuação como Secretário Municipal
do Meio Ambiente e como Secretário do Governo Municipal, enaltecendo a gestão
do Partido dos Trabalhadores na direção de Porto Alegre. Nesse sentido, afirmou
que a administração democrática é essencial à sociedade contemporânea,
mencionando prêmios recebidos pelo Município, que denotam o reconhecimento
nacional e internacional que hoje possui a Cidade. O Vereador Guilherme Barbosa
registrou sua satisfação por retornar a este Legislativo. Também, declarou que
o trabalho realizado por Sua Excelência como Secretário Municipal de Obras e
Viação foi norteado pelo Programa de Orçamento Participativo, destacando, entre
outros, empreendimentos de pavimentação de ruas da periferia, de reforma e
construção de escolas públicas e de recuperação de obras de arte na Cidade. Em
PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 053/04, discutido pelo Vereador João Carlos Nedel, e 054/04,
discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e João Carlos Nedel; em 3ª Sessão,
os Projetos de Lei do Legislativo nos 050 e 059/04, discutidos pelo Vereador
João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Executivo nº 007/04, discutido pelos
Vereadores João Antonio Dib e João Carlos Nedel. Também, o Vereador Nereu
D’Avila manifestou-se durante o período de Pauta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o
Vereador Cassiá Carpes aludiu ao Congresso Estadual realizado pelo Partido
Trabalhista Brasileiro nos dias três e quatro de abril do corrente, anunciando
tendência verificada nesse encontro, de lançamento de candidatura própria às
próximas eleições municipais. Ainda, criticou o Governo Municipal, avaliando o
sistema de ensino por ciclos e o Programa de Orçamento Participativo vigentes
em Porto Alegre. Na oportunidade, face Questão de Ordem formulada pelo Vereador
Beto Moesch, o Senhor Presidente informou estar sendo analisado pela
Presidência da Casa o Requerimento de autoria da Bancada do Partido
Progressista, apregoado na Sessão Ordinária do dia primeiro de maio do
corrente, que solicita a contratação, por este Legislativo, de pessoal técnico
qualificado para avaliar o cálculo atuarial referente ao Projeto de Lei Complementar
do Executivo nº 010/03. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib
manifestou-se acerca do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/03,
discutindo o Requerimento de sua Bancada, que solicita o estudo do cálculo
atuarial relativo à alíquota previdenciária constante nesse Projeto. Também
registrou que protocolará Emenda condicionando o índice dessa alíquota à
concessão de reajuste salarial bimestral aos municipários. O Vereador Sebastião
Melo reportou-se ao pronunciamento de hoje do Vereador João Antonio Dib, quanto
à Emenda a ser proposta pelo Partido Progressista ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 010/03. Sobre o tema, defendeu a aprovação de uma
alíquota previdenciária provisória para o Município e a contratação, por este
Legislativo, de técnicos para estudar o cálculo atuarial que embasará a
alíquota definitiva do referido Projeto. O Vereador Ervino Besson aludiu à
pesquisa de opinião pública hoje veiculada pelo programa “Polêmica” da Rede
Gaúcha Sat, favorável ao cercamento do Parque Farroupilha, lamentando que ações
de vândalos estejam destruindo monumentos e outras obras de arte instaladas nas
praças e áreas públicas da Cidade. Ainda, parabenizou a atleta Daiane dos
Santos por sua trajetória profissional como ginasta olímpica. O Vereador Luiz
Braz enfocou edital publicado pelo Governo Municipal, de compra de equipamentos
para automatização da coleta de lixo na Cidade, declarando que essa compra
transgride a legislação vigente, em face da forma e prazos de pagamento a serem
assumidos pela Prefeitura de Porto Alegre. Finalizando, requereu a vinda, a
esta Casa, do Diretor-Geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, para
maiores esclarecimentos a respeito do assunto. O Vereador Wilton Araújo
parabenizou a ginasta Daiane dos Santos, pelos posicionamentos assumidos em
declarações à imprensa sobre o tema da discriminação racial. Também, apoiou
proposta do Vereador Luiz Braz, para que seja ouvido o Diretor-Geral do
Departamento Municipal de Limpeza Urbana quanto ao edital publicado pela
Prefeitura de Porto Alegre, para compra de equipamentos de automatização da
coleta de lixo na Cidade. Na ocasião, foi apregoado o Projeto de Decreto
Legislativo nº 002/04 (Processo nº 1865/04), de autoria da Comissão de
Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL. Em continuidade, o Vereador
Sebastião Melo formulou Requerimento verbal, solicitando a juntada, ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 010/03, de cópia do inciso II do artigo 121
da Lei Complementar nº 133 e do Decreto nº 14.255/03, tendo a Senhora
Presidenta solicitado o encaminhamento por escrito desse Requerimento. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Raul Carrion saudou o retorno à Casa dos
Vereadores que se encontravam à frente de Secretarias Municipais e parabenizou
a equipe brasileira pelos resultados alcançados na 3ª Etapa da Copa do Mundo de
Ginástica Olímpica. Ainda, aplaudiu o Governo Federal, por acordos firmados
entre o MERCOSUL e a Comunidade Andina e pelo anúncio de destinação de recursos
ao setor industrial. Na oportunidade, o Vereador João Bosco Vaz manifestou-se
acerca do pronunciamento do Vereador Raul Carrion, em Comunicação de Líder. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Carlos Alberto Garcia reportou-se aos
pronunciamentos hoje efetuados por Vereadores desta Casa, acerca da
possibilidade de cercamento do Parque Farroupilha, questionando a efetividade
dessa medida como forma de garantir maior segurança à população. Sobre o
assunto, mencionou o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 016/03, de
sua autoria, que, em seu artigo 20, exige consulta plebiscitária para
cercamento de áreas públicas. O Vereador Carlos Pestana esclareceu questões
hoje apresentadas pelo Vereador Luiz Braz, referentes ao Edital da Prefeitura
de Porto Alegre para aquisição de equipamentos de coleta de lixo. Finalizando,
classificou como equivocadas as posições favoráveis ao cercamento do Parque
Farroupilha, afirmando que problemas de segurança pública só serão resolvidos
por meio de uma efetiva política de segurança por parte do Governo Estadual. O
Vereador Reginaldo Pujol registrou seu apelo para que seja realizado um
trabalho conjunto de construção política que viabilize a busca de soluções para
os principais problemas da Cidade. Nesse sentido, destacou a importância da
definição desta Câmara no referente à alíquota constante do Projeto de Lei Complementar
do Executivo nº 010/03, analisando debates efetuados e Emendas encaminhadas
pelos Senhores Vereadores com relação à matéria. A seguir, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento
verbal de autoria do Vereador João Bosco Vaz, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria constante da Ordem do Dia, tendo o Vereador Sebastião
Melo manifestado-se acerca desse Requerimento. Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 042/04, por vinte e
quatro votos SIM, tendo votado os Vereadores Aldacir
Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio
Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa,
Helena Bonumá, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Reginaldo
Pujol, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Wilton Araújo. Em
Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº
249/03, o Projeto de Lei do Executivo nº 038/03 e a Emenda nº 01 a ele aposta e
o Projeto de Lei do Legislativo nº 270/03. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado
o Projeto de Lei do Legislativo nº 276/03, por treze votos SIM, oito votos NÃO
e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maria Celeste,
tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Cláudio Sebenelo, Elias Vidal,
Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco
Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Pedro Américo Leal, Sebastião Melo e Wilton
Araújo, Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Gerson Almeida,
Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Maria Celeste, Renato Guimarães e Sofia
Cavedon e optado pela Abstenção o Vereador Cassiá Carpes. Em Discussão Geral e
Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 350, 416 e
443/03 e os Projetos de Resolução nos 044 e 045/04. Às dezessete horas e quarenta
e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados
às dezessete horas e cinqüenta minutos, constatada a existência de quórum. Às
dezessete horas e cinqüenta e um minutos, constatada a inexistência de quórum,
em verificação solicitada pelo Vereador Carlos Pestana, a Senhora Presidenta
declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pela Vereadora Margarete Moraes e pelo Vereador Elói Guimarães e
secretariados pelos Vereadores João Carlos Nedel e Ervino Besson. Do que eu,
João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que,
após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora
Presidenta.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Passamos à
Eu
quero convidar o Sr. Cláudio Cezar de Freitas Silva, Presidente da Associação
Zona Norte de Porto Alegre; e o Sr. Jorge Vieira, Coordenador-Geral da TV Porto
Alegre, para que componham a Mesa junto com o Secretário e com esta Presidenta,
para tratar de assunto referente ao 7º aniversário da TV Porto Alegre – POATV,
antigo Canal Comunitário, pelo tempo regimental de 10 minutos.
O Sr. Cláudio Cezar de
Freitas Silva está com a palavra.
O SR. CLÁUDIO CEZAR DE FREITAS SILVA: Boa-tarde, quero saudar, inicialmente, a
Exma Srª Presidente, Margarete Moraes; o Sr. Secretário, João Carlos
Nedel; os membros da Mesa; as Sras Vereadoras e os Srs. Vereadores
desta Casa Parlamentar do Município de Porto Alegre; senhoras e senhores
telespectadores da TVCâmara. Hoje, venho a esta tribuna em nome da Associação
Zona Norte de Porto Alegre compartilhar com Vossas Excelências nossa imensa
alegria em prestar esta homenagem ao Canal Comunitário de Porto Alegre pelos 7
anos de bons serviços prestados a nossa comunidade. O Canal Comunitário nasceu
de uma iniciativa de instituições não-governamentais constituídas em Porto
Alegre, sem fins lucrativos. Conta, hoje, com 38 entidades; dentre elas, sete
representam a coordenação executiva da Televisão: a Federação dos Bancários do
Rio Grande do Sul, representada pelo Sr. Jorge Vieira da Costa, que está à
Mesa; a Comunidade Evangélica de Porto Alegre - CEPA -, representada pelo
Pastor Carlos Frederico Dreher; neste ato, presente o seu Presidente, Ivan
Bruxel; a Associação Riograndense de Imprensa - ARI -, representada pelo Sr.
Benigno Rocha; o Secretariado de Ação Social da Arquidiocese de Porto Alegre,
representada pelo Sr. Elton Bozzeto; o Sindicato dos Jornalistas do Estado do
Rio Grande do Sul, representado pelo Sr. Léo Nuñez; a Central Única dos
Trabalhadores do Rio Grande do Sul, representada pela Srª Selene Michelin
Rodrigues; a Associação Zona Norte de Porto Alegre, representada pelo Sr.
Cláudio Cezar de Freitas Silva; encontra-se também presente o nosso
Vice-Presidente João Freitas; Associação Ciência, Cultura e Pensamento, que
hoje gerencia o Canal Comunitário, representada pelo Sr. Paulo Franco, presente
nesta Casa. Associadas, Membros do Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal,
composto pela Associação dos Acionistas Minoritários de Empresas Estatais,
Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Loja Dharma da Sociedade Teosófica no
Brasil; Associação dos Produtores de Vídeo do RS; Instituição Pró-Fundação
Leopoldo Sedar Senghar; União de Defesa da Vida Animal; Associação dos
Moradores do Bairro São João; Federação Espírita do RS; Sindicato dos
Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no RS; Associação do
Pessoal da Caixa Econômica Federal do RS; Associação Deus, Pátria e Família;
Associação Internacional de Artes e Esportes; Associação Empresarial Nova
Azenha; Associação Serviço Cristão; Associação de Homens de Negócio do
Evangelho Pleno; União Planetária; Associação dos Moradores e Amigos do Bairro
Três Figueiras; Associação Evangelista Cristo é a Resposta; Associação
Magnificat de Obras e Renovação; Igreja Evangélica Nova Jerusalém; Organização
Palavra da Vida; Rotary Internacional; Renovação Cristã do Brasil; Sindicato Médico
do RS; Centro dos Professores do RS - CPERS Sindicato; Sindicato dos Técnicos
da Receita Federal; Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal; Fundação
Fraternidade; Fundação Fraternidade; Sindipetro RS; Fórum Nacional pela
Democratização da Comunicação.
Bem,
senhores e senhoras, o Canal Comunitário é uma entidade que tem o compromisso
social de preservar a sua pluralidade, dentro dos ditames democráticos, assim
constituídos pelas várias instituições associadas, que tem o compromisso
público de veicular uma programação voltada a nossa cultura, a nossa terra, a
nossa gente, identificada com os matizes sociais que compõem a nossa Cidade, de
levar informação, a notícia local, o serviço de utilidade pública e o
entretenimento. Hoje, lança uma nova proposta televisiva, o Canal Comunitário
passa a ser a televisão de Porto Alegre – a POATV – o Canal da Gente, o que
acontecerá, logo mais, às 19h, no Plenário Aloísio Filho, nesta Casa, e todos
estão convidados a participar deste importante lançamento para a Cidade de
Porto Alegre. Senhoras e senhores, Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Nós agradecemos o pronunciamento do Sr.
Cláudio Cezar de Freitas Silva.
O Sr. Jorge Vieira da
Costa, Coordenador-Geral da TV Porto Alegre, está com a palavra.
O SR. JORGE VIEIRA DA COSTA: Exma Srª Presidenta da Câmara
de Vereadores de Porto Alegre, Margarete Moraes, Sr. Secretário João Carlos
Nedel, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, caros colegas da
Coordenação Executiva do Canal Comunitário Porto Alegre TV, por uma questão de
justiça, a história do Canal Comunitário de Porto Alegre deveria começar há 25
anos, quando um grupo de jornalistas gaúchos se reuniu em torno do interesse
que o veículo emergente da época - a
televisão - fosse mais democrático. Fruto dessa luta, surge em 1995, a Lei nº
8.977, que normatiza a TV a Cabo no Brasil, estabelecendo sete canais de acesso
público e gratuito, entre eles o Canal Comunitário.
As
entidades sem fins lucrativos e não-governamentais da Capital gaúcha, mais uma
vez, foram as pioneiras no País. Venceram as diferenças, criaram a Associação
das Entidades Usuárias do Canal Comunitário de Porto Alegre com 87 entidades
dos mais diversos segmentos da cidadania de Porto Alegre. Colocaram em funcionamento,
em agosto de 1996, a primeira emissora comunitária do Brasil, visando a
congregar e representar as entidades não-governamentais e sem fins lucrativos.
Os meios de informação de massa não atendem às necessidades da comunicação
comunitária, por isso as comunidades se dotam de seus próprios meios: rádio,
vídeo, imprensa, teatro popular, periódico, entre outros.
Nenhuma
televisão comunitária pode ser imposta à sociedade, mas, sim, deve ser o
resultado de uma necessidade sentida. Mais ainda, a comunidade, por meio de
seus líderes democráticos, deve ser partícipe em todo o processo de gestação,
instalação e gestão da TV Comunitária. Sem essa condição não se pode falar em
TV comunitária. Uma televisão comunitária que não produz suficientes programas
com conteúdos locais, não representa nenhuma vantagem sobre a televisão
comercial. Se uma televisão comunitária encher suas horas de programação com
filmes ou músicas alheios ou de origem internacional, não cumprirá uma função
educativa e formativa na comunidade. A função da televisão comunitária é
ocupar-se dos aspectos de saúde, educação, meio ambiente, organização social,
produção, legislação e direito, entre outros temas que são parte da vida da
nossa comunidade; isso não quer dizer que toda a programação seja uma sucessão
de documentários que chegam a saturar a audiência.
Muitos
projetos fracassam porque se subdimensiona ou se superdimensiona o aspecto
tecnológico. Não podemos pretender que uma nova televisão comunitária funcione
com equipes mínimas, insuficientes e frágeis; por outro lado, não podemos
pensar na aquisição de equipamentos muito sofisticados, que dependam de peças
que somente se pode adquirir no exterior e que requeiram um pessoal altamente
especializado, no qual deverá ser investido muito tempo de capacitação. Uma
televisão comunitária ideal é aquela que possui uma tecnologia cuja relação
custo-benefício seja razoável, cujo manejo esteja ao alcance de técnicos e cuja
gestão passe pela comunidade.
Tendo
em mente esse contexto é que estamos encaminhando o Canal Comunitário para uma
nova fase de sua existência. Hoje apresentaremos, às 19h, aqui na Câmara de
Vereadores, uma nova proposta do Canal Comunitário de Porto Alegre: ele passa a
se chamar POATV, estará no canal 6 da TV a Cabo em Porto Alegre e o sonho de
uma TV comunitária verdadeira, nós passamos a trilhar a partir de hoje.
Contamos com a participação e a colaboração de todos. Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Mesa agradece o pronunciamento do Sr.
Cláudio e do Sr. Jorge.
A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª Presidente da Câmara, companheira
Margarete Moraes, Sr. Cláudio Cezar de Freitas, prezado Jorge Vieira, em nome
da Bancada do Partido dos Trabalhadores gostaria de registrar o orgulho que a
Cidade tem do Canal Comunitário pelo seu pioneirismo, pela capacidade de
trabalhar com a pluralidade, de trabalhar com tantas e diferentes instituições,
com interesses e compromissos tão diversos, e dizer que isso não é nada fácil,
que o papel de uma TV comunitária é fundamental na construção da identidade da
cultura, do pertencimento da
cidadania das pessoas na sua cidade e nas temáticas que importam para a vida.
Nós sonhamos que a TV comunitária - a nossa TV Porto Alegre - venha a ocupar um
canal aberto para que toda a população possa ter acesso. Acho que esse deve ser
um objetivo a perseguir; esta Cidade e esse movimento comunitário, pioneiro,
merecem isso.
Estão
de parabéns pelo sétimo aniversário, e a Bancada do Partido dos Trabalhadores
está à disposição para essa luta.
(Não
revisto pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Clênia Maranhão está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª Presidente, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, queria, em nome da minha Bancada, o PPS, saudar a presença do Sr.
Cláudio Cezar de Freitas Silva e dos representantes da TV Porto Alegre, que
ocupam a Tribuna Popular desta Casa, trazendo para nós a referência de uma
experiência de comunicação extremamente significativa para a Cidade. Todos nós
sabemos que uma sociedade efetivamente democrática exige a democratização dos
meios de comunicação, a pluralidade e a possibilidade efetiva de a sociedade se
fazer representar através dos seus mecanismos de comunicação. E eu tive a
oportunidade de acompanhar o processo desde o início da fundação da TV - então
TV Comunitária -, e sei das dificuldades das entidades e da sociedade civil de
pautar esse tema e ousarem esse desafio.
Então,
acho que os senhores e as senhoras que compõem a Executiva que hoje administra
o Canal Porto Alegre estão de parabéns por terem desafiado, terem tido essa
ousadia e terem propiciado a nós, porto-alegrenses, a oportunidade de
conhecermos um pouco mais da Cidade através da programação que vocês hoje nos
apresentam. Parabéns a todos que lutaram e que continuam à frente desse
movimento.
(Não
revisto pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Beto Moesch está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. BETO MOESCH: A Bancada do Partido Progressista, ao
saudar o Cláudio Cezar e o Jorge Vieira, gostaria de expressar a satisfação de,
justamente, ver o fortalecimento da TV
Comunitária – POATV, agora. São 38 instituições que já estão justamente
buscando o fortalecimento de um espaço difícil, mas o mais importante para uma
comunidade: a sua notícia local, a sua realidade. As pessoas não podem assistir
apenas a algo que está lá longe, muito distante da sua realidade; elas querem
saber o que está acontecendo na sua rua, no seu bairro, na instituição de que
ela participa, principalmente através, claro, da tevê, onde ela pode enxergar
isso. As pessoas querem interagir, e os meios de comunicação devem estar
aliados, juntos, parceiros das pessoas.
A
POATV surge em parceria com várias instituições e, portanto, em parceria com a
comunidade, que é, justamente, o seu alvo.
Então,
é uma conquista da democracia, sem sombra de dúvida, um instrumento da
comunicação, as pessoas poderem informar-se e se formar com algo que lhes diz
respeito. A própria comunidade vai moldar a TV Comunitária, a POATV - isso é
que é o importante. Portanto, a democracia vence nesse processo.
A
Câmara de Vereadores, agora, por intermédio do Partido Progressista, quer, mais
uma vez, se aliar e se colocar parceira também, como deve, desse instrumento
fundamental que é a tevê comunitária, principalmente a POATV.
Parabéns!
A comunidade porto-alegrense ganha muito e, portanto, está agradecendo o
extraordinário empenho de vocês, que nós acompanhamos já há tanto tempo. Está
aqui também o Paulo César Franco, que tanto nos falou sobre essa questão; o
Pastor Dreher, que, há tanto tempo, vem lutando por isso. É o fortalecimento,
portanto, de um espaço primordial e democrático para a sociedade
porto-alegrense. Parabéns!
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Raul Carrion está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. RAUL CARRION: Em primeiro lugar, a nossa saudação ao
Cláudio Cezar, ao Jorge, companheiros que, há muitos anos, estão na luta pela
consolidação da TV Comunitária. A nossa Constituição, no capítulo V, da
Comunicação Social, no seu art. 221, em diversos incisos, afirma que a
programação das emissoras de rádio e televisão terá como preferência
finalidades educativas, artísticas, culturais, informativas, a promoção da
cultura nacional e regional, em suma, objetivos dos interesses do nosso País,
do nosso Estado, da nossa Cidade.
Infelizmente,
a realidade é um pouco diferente: nós vemos que os meios de comunicação, em boa
parte, em vez dessas funções, têm muito mais um objetivo comercial e sofrem uma
profunda aculturação na sua grade de filmes, de espetáculos, em que existe
muito pouco, às vezes, da cultura do nosso Estado, do nosso País.
É
nesse sentido a importância, seja das rádios comunitárias, seja das TVs
comunitárias, que tantas dificuldades têm tido nos últimos anos, principalmente
frente à Anatel. Esperamos que, a partir dessa nova página que está sendo
virada no nosso País, haja, realmente, um espaço, e essas concessões deixem de
ser concessões de negócios, passando a ser concessões para veículos de boa
informação da nossa população e de desenvolvimento cultural do nosso País.
Eu
tive a oportunidade, desde o início da TV Comunitária, de participar de
inúmeras reuniões lá na Alto Petrópolis. Não sei se continua no mesmo lugar,
ali perto da SMAM. Depois, por uma série de razões, não pudemos acompanhar
mais, mas temos certeza de que esses sete anos que a TV Comunitária tem a
celebrar serão muito mais produtivos nos próximos anos, nesta nova fase que a
TV Comunitária tem, agora como TV Porto Alegre. Parabéns, então, e sucesso a
vocês. Obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elói Guimarães está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Sr. Cláudio Cezar de
Freitas Silva, Presidente da Associação Zona Norte de Porto Alegre, também aqui
acompanhado pelo Sr. Jorge, nós queremos dizer da importância que representa um
instrumento dessa natureza, aliás preconizado na própria Constituição. Só
atingiremos efetivamente a democracia na medida em que democratizarmos a
informação e todo o processo, por assim dizer, de oferta de rádio e televisão.
Só assim atingiremos a verdadeira democracia, porque hoje, como regra, as
pessoas estão vinculadas, por assim dizer, à informação, e esta se dá pelos
meios de comunicação. E a TV Comunitária, atualmente, que passa a ser a TV Porto
Alegre, já tem atingido o seu papel, mas, daqui para frente, haverá de atingir
as suas metas propostas que, em última análise, é a meta estabelecida na
própria Constituição da República. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, é para tão-somente saudar
o Sr. Cláudio Cezar de Freitas Silva, Presidente da Associação Zona Norte de
Porto Alegre, que aqui comparece para repercutir o 7.º aniversário da TV Porto
Alegre, a POATV, antiga TV Comunitária. Certamente os meus companheiros que
tiveram o privilégio de assistir a sua exposição já o saudaram devidamente.
Razão de força maior faz-nos chegar nesta Casa tão-somente neste momento, mas
em tempo hábil de cumprimentá-los e dizer da satisfação e da alegria desta Casa
em geral e do PFL, em especial, em recebê-los nesta tarde. Sigam com o seu
trabalho eficiente, conseqüente e sobretudo de grande repercussão nos meios de
comunicação da Cidade, por meio dessa mobilização comunitária que se dá nas
redes de televisão, que agora passam a contar com esse valioso elemento a
assegurar à comunidade um canal de repercussão dos seus anseios e das suas
aspirações. Sejam bem-vindos e os meus cumprimentos.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Esta Presidência agradece pela presença
do Sr. Cláudio Cezar de Freitas Silva e do Sr. Jorge Vieira da Costa. Foi uma
honra recebê-los. Eu quero desejar sucesso, a partir de hoje, no novo
empreendimento que vocês, com certeza, levarão com o maior sucesso possível.
Parabéns.
Antes
de passar ao período de Comunicações, eu saúdo os Vereadores Guilherme Barbosa,
Gerson Almeida, Sofia Cavedon e Helena Bonumá, que retornam a esta Casa. Sejam
bem-vindos! Eu informo aos demais Vereadores e Vereadoras que a Verª Helena e o
Ver. Gerson integrarão a CCJ; a Verª Sofia Cavedon integrará a CUTHAB e o Ver.
Guilherme Barbosa, integrará a CEFOR. Sujeito a alterações, Ver. Gerson, aí
deveremos trazer ao Plenário e aprovar essas medidas.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, eu, lamentavelmente, não
estava presente no início dos trabalhos em virtude do falecimento do
publicitário, Jorge Salim Allem, ocorrido no último fim de semana, e a
realização do seu sepultamento foi no horário que coincidia com o início dos
trabalhos. Então, em face dessa circunstância e considerando a figura do Salim,
como era conhecido no meio publicitário e em seu círculo de amigos, eu requereria
a V. Exª, com a concordância do Plenário, que fosse deferida a concessão de um
minuto de silêncio em homenagem póstuma a essa figura ímpar do mundo
publicitário e da sociedade porto-alegrense.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Nós queremos subscrever, verbalmente, a
iniciativa do Ver. Reginaldo Pujol.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª Presidente, se houver concordância do
Ver. Reginaldo Pujol, nós gostaríamos, também, de estender essa homenagem,
porque o Brasil perdeu, no dia de ontem, um dos maiores expoentes da Sociologia
brasileira, um homem de luta pela democracia, com grande trabalho contra a
discriminação racial, o Sociólogo Octavio Ianni. Eu acho que esta Casa deveria
também homenageá-lo neste momento.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Com a concordância do Ver. Reginaldo
Pujol, deferimos o pedido.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
Passamos
às
Neste
momento, damos início ao período de Comunicações, destinado a assinalar o
transcurso do 75º aniversário do Grêmio Náutico Gaúcho, o 60º aniversário do
Teresópolis Tênis Clube e o 60º aniversário do Clube Farrapos.
Eu
convido para compor a Mesa o Sr. Luiz Fernando Mello Tarasiuk, Presidente do
Teresópolis Tênis Clube; o Tenente-Coronel Cláudio Paiva, Presidente do Clube
Farrapos; Sr. Raul Mendes da Rocha, Presidente do Grêmio Náutico Gaúcho.
O
Ver. João Bosco Vaz está com a palavra em Comunicações.
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Srª Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda
os componentes da Mesa e demais presentes.) Amigos e amigas da Brigada Militar,
presidentes dos demais clubes aqui presentes prestigiando esta singela, porém,
importante homenagem desta Casa, homenagem de Porto Alegre aos 60 anos do Clube
Farrapos, aos 60 anos do Teresópolis Tênis Clube e aos 75 anos do Grêmio
Náutico Gaúcho. Quando olho e vejo a presença aqui de ex-presidentes, como
Juarez, do Teresópolis; o Túlio, o Milton, do Gaúcho; o Júlio, do Teresópolis e
tantos outros presentes, eu ressalto a importância de cada dirigente na
construção da qualidade e da grandeza que representam esses clubes hoje para a
sociedade. Eu tenho uma convivência muito estreita com os clubes de Porto
Alegre - vi ali o Erni, também ex-presidente, que eu havia esquecido de citar
-, e nessa convivência muito estreita, nós chegamos a uma conclusão que apenas
o social não basta, que é preciso oferecer muito mais ao seu associado. E os
clubes têm e vêm se propondo essa questão. Vejam o caso lá do Grêmio Náutico
Gaúcho, hoje possui canchas de paddle
cobertas, tem um ginásio maravilhoso, diversos departamentos esportivos federados.
Vamos buscar agora o Clube Farrapos: possui não só toda essa aparelhagem para a
prática esportiva, como também um hotel de trânsito para receber em Porto
Alegre os seus associados. Vamos ao Teresópolis Tênis Clube, que, além das
canchas cobertas para tênis, conquistou neste ano, o quinto consecutivo, como a
marca mais lembrada, o clube mais lembrado, o “Top of Mind” da revista Amanhã.
Foram quatro anos na gestão do Júlio, que está aqui presente, e agora no
primeiro ano do Luís Fernando.
Então,
Srs. Presidentes, nós sabemos da dificuldade para se manter um clube em
atividade. Sabemos da exigência dos sócios, que são os verdadeiros
proprietários dos clubes, sabemos da doação dos senhores e de tantos outros que
já presidiram clubes. Vejo aqui o Dr. Salatino, que foi Presidente da SAT, hoje
é o Presidente da Federaclubes, Federação que congrega os clubes sociais do Rio
Grande do Sul. Vocês, neste compromisso de doação, neste compromisso da
abnegação, deixam os familiares, deixam os afazeres, para conviver no dia-a-dia
da sociedade. Sei o quanto os senhores são cobrados, sei o quanto os senhores
são exigidos, e sei o quanto se doam e quanto é a preocupação para que os
clubes possam dar um atendimento qualificado aos seus associados.
As
pessoas que vêem de fora, que olham de fora, que ouvem falar em Sogipa, União,
Lindóia, Comercial, Sarandi, Farrapos, Teresópolis, Gaúcho, não sabem da
dificuldade que é para manter um clube em atividade. Não têm idéia do que seja
a exigência de um associado; não têm idéia do que seja ser o mediador entre o
social e o desportivo, porque sempre acontece que o social acha que é mais
importante, e o esporte acha que é o mais importante.
Sempre
digo, e vocês são testemunhas disso, aos nossos amigos dos clubes que aqui
estão, que não invejo nenhum de vocês na prática de presidir clubes.
Eu
sei quantos departamentos esportivos têm cada clube, todos eles querendo
competir, viajar, todos eles tendo um ou outro destaque que precisa de apoio. E
aí é difícil, é difícil o presidente ter de se posicionar. É o social que
precisa fazer a festa de aniversário do clube, que precisa fazer a festa porque
o Bolão foi campeão estadual; a pasta cívico-cultural.
Então,
vocês são certos heróis. Claro que todos nós temos a nossa vaidade, todos nós
somos vaidosos, todos nós gostamos da representatividade, senão os senhores não
estariam presidindo clubes nem nós, Vereadores, estaríamos aqui concorrendo.
Mas todos nós temos o limite da nossa vaidade. E todos nós sabemos da
importância da colaboração dos demais integrantes de uma diretoria.
Vejo,
aqui, a Graça, a primeira-dama do Clube Farrapos, que está sempre presente,
ajudando, reunindo as mulheres. Fez, na semana passada, um encontro com a Verª
Margarete Moraes, foi fantástico, as mulheres participando.
Tem
a Janete, a primeira-dama do Teresópolis, sempre presente, jogando a sua bocha,
participa do Bolão.
Eu queria, inicialmente,
parabenizar o Ver. João Bosco Vaz por esta iniciativa e dizer a V. Exª que
normalmente eu não me pronuncio em relação a uma atividade quando há um
especialista - e, de fato, há um especialista aqui -, o Ver. João Bosco Vaz,
que vive o cotidiano dos clubes, que vive o cotidiano do esporte da Cidade e
que, mais do que qualquer um de nós, teria condições, como expressou aqui, de
falar do cotidiano, da história dos clubes e do significado desses clubes para
a Cidade.
Porém,
eu fiz questão de vir a esta tribuna para saudar a iniciativa do Vereador e
para dizer também que eu penso ser muito importante que a Câmara Municipal de
Porto Alegre crie sempre a possibilidade de aproximar os nossos vínculos, os
vínculos do Parlamento com as instituições do Município.
Muitas
vezes a nossa história de trabalho cotidiano, de enfrentamento dos problemas do
conjunto da Cidade, faz com que nós não tenhamos tempo de acompanhar tão de
perto como gostaríamos a atividade dos clubes de Porto Alegre.
E
nós sabemos que nenhuma cidade consegue ser uma cidade que expresse a alegria
da sua população, que tenha a capacidade de expressar perante as outras cidades
e os outros municípios a realização dos seus talentos nos esportes, se não
tiver os clubes que se dediquem à formação desses atletas.
E
eu também acho importante ressaltar nesta oportunidade o significado dos clubes
como um espaço insubstituível de integração entre as pessoas. Quando nós nos
dispomos a sair de casa para ir a uma atividade de lazer, a uma festa ou a uma
programação de um clube é porque nós estamos querendo conviver com outras
pessoas, compartilhar com outras pessoas momentos de alegria, momentos de
construção de relações sociais entre as mulheres e os homens que lá freqüentam
esses clubes.
Portanto,
eu penso que os clubes acabam se constituindo também como um grande espaço de
integração, de formação de rede e de solidariedade.
Eu
li a programação dos três Clubes aqui homenageados e me chamou a atenção que
todos eles, além das atividades de lazer, além das suas atividades de esporte,
têm, sempre, e de uma forma bem similar, as suas tarefas na área da cidadania,
as suas tarefas na área da responsabilidade social.
E
eu acho que essa nova faceta que começa a ser incorporada com as atividades de
lazer e de esporte cada vez mais enriquece e dá significado à existência desses
clubes.
Porto
Alegre é um pouco isto: o conjunto das suas instituições, o conjunto das suas
representações e o conjunto dos espaços que permitem às pessoas serem
solidárias e serem mais felizes, porque ninguém vai para um clube para
construir tristezas, nós só vamos lá para poder desenvolver a alegria, a
integração e o prazer de participar das festas, do lazer e do esporte.
Portanto,
parabéns aos senhores que dedicam parte do seu tempo à construção dessa alegria
para a Cidade de Porto Alegre. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não
revisto pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra
em Comunicações, para homenagear os três Clubes.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta da Câmara, Verª Margarete
Moraes, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da
Mesa e demais presentes.) Saúdo também a presença dos Oficiais da Brigada
Militar que aqui também representam o Comando da Corporação; o Dr. Salatino,
Presidente da Federaclube, enfim, tantas pessoas, aqui, que dão a sua
contribuição a esses clubes que têm papéis significativos na sociedade. Então,
ao iniciarmos a nossa fala, queríamos saudar, também, o Ver. João Bosco Vaz por
ter ofertado a oportunidade à Casa de aqui comemorar, juntamente com as
entidades, o 75º aniversário do Grêmio Náutico Gaúcho, o 60º aniversário do
Teresópolis Tênis Clube e o 60º aniversário do Clube Farrapos.
Mas,
eu dizia do papel, da importância dos clubes, para a sociedade, para a Cidade,
porque o clube tem um papel múltiplo, e aqui me ocorre o pensamento de que os
clubes não têm Partido, mas os Partidos transitam por dentro dos clubes, dos
mais diferentes clubes, dos homenageados e dos tantos outros clubes da Cidade
de Porto Alegre. O clube é uma escola, os Clubes de V.Sas são
escolas, escolas abertas, são centros de cultura; os clubes, enfim, promovem as
mais diferentes atividades, e não só no campo recreativo, no campo esportivo,
no campo cultural. Então, vejam que magnífica instituição é o clube, pelo papel
que ele tem de integração.
Todos
nós freqüentamos os clubes, e quem não lembra do clube? Lá no clube casamos –
vejam, vocês todos -, o clube propiciou que as pessoas se conhecessem, Ver.
João Bosco Vaz. E os carnavais dos clubes? Aqui se fala no Teresópolis, enfim,
em todos, e magníficos carnavais vêm à lembrança de todos, dos mais velhos, dos
mais moços, então clube é esse algo fantástico. Esse é um tempo curto para uma
análise da importância que têm os clubes - custo zero para o Poder Público, é
bom que se diga -, que fazem ofertas, que propõem realizações que muitas vezes
são, sim, responsabilidades do Poder Público. Então, nós, aqui, em nome do PTB,
também do Ver. Elias Vidal e do Ver. Cassiá Carpes, que gostaria de falar, mas
não está inscrito, queremos trazer um forte abraço aos Clubes homenageados,
Grêmio Náutico Gaúcho, Teresópolis Tênis Clube e Clube Farrapos, aos seus
ex-dirigentes, pelo muito que têm feito em função exatamente do papel
transcendental que têm os clubes para uma cidade, para um Estado, para as
pessoas, para a sociedade. É ali que a vida também se realiza, no seu
cotidiano. Então, recebam a nossa homenagem, a convicção, e a certeza do papel
transcendental que os clubes realizam para a Cidade, para o Estado, para a
sociedade, em especial esses três grandes clubes da Cidade de Porto Alegre, que
estão aqui, hoje, sendo homenageados. Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra
em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Ervino Besson.
O SR. NEREU D’AVILA: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)
A Câmara Municipal de Porto Alegre, que é, sem dúvida, o tambor de repercussão
dos acontecimentos da Cidade, e que representa a unanimidade dos um milhão
trezentos e noventa e quatro mil - segundo o IBGE de 1º de julho de 2003 –
porto-alegrenses, recebe com muito carinho e especial alegria a presença de
três grandes clubes de Porto Alegre, inclusive com a presença da nossa tão
prestigiada, admirada por nós, Brigada Militar, na homenagem dos 60 anos do
Clube Farrapos.
O
Ver. João Bosco Vaz teve essa feliz iniciativa e nós, da Bancada do PDT,
endossamos a sua iniciativa no sentido dessa homenagem – 60 anos do Clube
Farrapos; 60 anos do Teresópolis –, e aqui estão presentes, como citou muito
bem o Ver. João Bosco, ex-Presidentes desses clubes, autoridades, pessoas que
contribuíram para a grandeza desses clubes hoje, tanto quanto os demais de
Porto Alegre: 60 anos de lutas do Farrapos; 60 anos de lutas do Teresópolis; 75
anos de lutas do meu - digo meu, porque sou vinculado, até porque a minha
mulher Sônia, que está aqui, foi a primeira conselheira, depois de 60 e tantos
anos de machismo do Gaúcho, Raul, depois da Idair, hoje são quatro conselheiras
-, do nosso Grêmio Náutico Gaúcho.
Então,
como disseram os colegas anteriores na tribuna, sem dúvida a Cidade não pode
prescindir desses clubes porque eles são exatamente os que absorvem, por
intermédio de casulos, a nossa sociedade, dando cobertura social, esportiva,
inclusive numa série de questões que lhes servem de salvaguarda, como o seu
lazer, como o seu final de semana, como a maneira de a sua família viver
socialmente, isso é da mais alta importância, pela própria natureza do ser
humano, de viver gregário, de viver societariamente.
Queria,
particularmente, me referir, com a licença do nosso Farrapos e do Teresópolis,
em especial ao Grêmio Náutico Gaúcho, porque convivo interna corporis há bastante tempo, aliás, o Ver. João Bosco Vaz
também, mas esse clube, quando fez 70 anos, em 1999, esta Câmara, presidida por
este Vereador, fez uma Sessão na própria sede do Grêmio Náutico Gaúcho. Para
demonstrar o quanto a Câmara Municipal é vinculada não só ao Gaúcho, agora
mesmo, o Grêmio Náutico União esteve aqui numa belíssima Sessão Solene e também
todos os Vereadores homenagearam o nosso e de todos os porto-alegrenses o
Grêmio Náutico União, que agora vê uma campeã que a Rede Globo está projetando
para o mundo, a nossa querida, simpática e alegre Daiane, Medalha de Ouro, e
que nas Olimpíadas vai brilhar.
Raul,
tu estás herdando uma luta de 75 anos. Está aqui o Erni Severino de Souza, seu
antecessor; na década de 70 a 76, o Mânica e tantos outros que construíram a
grandeza desses 75 anos e que, depois de amanhã, dia 7 de abril, comemora junto
com a Rádio Gaúcha, com a Casa Masson, com a Varig. São poucas as entidades de
grande tradição histórica na Cidade que, brilhantemente, com um brilho
incrível, completam 75 anos como é o caso do Grêmio Náutico Gaúcho.
Então,
neste momento em que a Câmara, como representação autêntica e legítima da
sociedade de Porto Alegre, homenageia os 60 anos bem vividos do Farrapos, os 60
anos bem vividos do Teresópolis e os 75 anos muito bem vividos do nosso Grêmio
Náutico Gaúcho, desejamos que continuem a crescer, como o Ver. João Bosco Vaz
destacou, exatamente no seu social, seu esportivo, que é uma emulação interna
que só faz crescer o clube. É claro, há problemas, há incomodação, há isso e
aquilo, mas onde não há? Onde não existem problemas? Então, o importante é
enfrentá-los; é o desafio desses problemas serem enfrentados e, ao longo dessas
décadas, estão sendo transformados em vitalidade desses clubes, grande
vitalidade!
Chegam
ao 60 anos o Clube Farrapos e o Clube Teresópolis, o nosso Gaúcho, aos 75 anos,
honrando as tradições desta Cidade de Porto Alegre, que completou, há poucos
dias, 232 anos, também muito bem vividos.
Levem
de nós todos a nossa saudação, os nossos parabéns e o nosso estímulo para
continuar nessa luta que é, sem dúvida, uma luta importantíssima para o
desenvolvimento da sociedade porto-alegrense. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço as palavras do Ver. Nereu
D’Avila.
O
Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra em Comunicações, por cessão de
tempo do Ver. Dr. Goulart.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Primeiramente, gostaria de agradecer ao Ver. Dr. Goulart por ter
cedido este espaço para que este Vereador pudesse utilizar a tribuna. O
critério, aqui na Casa, neste período de Comunicações, é sempre um número de
Vereadores que têm direito à palavra, num sistema de rodízio. E hoje não estava
contemplada a minha fala, mas o Ver. Dr. Goulart, de maneira gentil, cedeu este
espaço para que, também, em nome do nosso Partido, o Partido Socialista
Brasileiro, pudesse fazer a saudação a estes três grandes clubes: o Grêmio
Náutico Gaúcho, pelos 75 anos; o Farrapos e o Teresópolis, que estão
comemorando os seus 60 anos. Queremos, também, parabenizar o Ver. João Bosco
Vaz por essa iniciativa, o qual, nos últimos anos, tem-se caracterizado por
homenagear os clubes da nossa Cidade, em razão até da sua vinculação com o
esporte.
O
clube social tem a característica, a função, de harmonizar centenas, milhares
de pessoas, cada um buscando as suas visões de mundo. Uns, na busca da questão
da confraternização ligada à sociabilidade, outros são mais ligados à questão
esportiva, e outros mais ligados à questão cultural, como os CTGs. Mas, enfim,
o que se busca, na realidade, nos clubes, é a ocupação do tempo livre, a busca
do lazer, da recreação. Isso está cada vez mais caracterizado nesses tempos
modernos. E, concomitantemente a isso, os clubes estão, também, hoje, numa
ascensão, porque vivemos num momento muito turbulento no nosso País, no nosso
mundo, que é a questão da segurança, e os clubes são os lugares mais seguros,
são os lugares em que nós podemos, de forma tranqüila, deixar os nossos filhos
e sabermos que lá eles estarão bem cuidados e fazendo algo prazeroso, algo que
eles gostam. É lá no clube que nós, como família, podemos nos deslocar com
todos os nossos membros, e cada um fazer a atividade que mais gosta. É lá no
clube, também, que nós podemos, no dia-a-dia, conversar e jogar a nossa
conversa das mais diferentes formas sem se preocupar com cor clubística, com
religião, ou partido político. Então, essa é uma característica que o clube
tem; ele tem essa magnitude de agregar pessoas.
E
nessa visão, eu lembro – e o Bosco participou – há quatro anos, quando a minha
filha casou no clube Farrapos, que nós tivemos essa oportunidade com o clube
Farrapos, que é um clube que nós não freqüentamos, é um clube ligado mais à
Brigada Militar na sua origem, mas é aberto. E a nossa formação clubística, a
nossa inscrição foi no clube Grêmio Náutico Gaúcho. Eu iniciei nesse clube em
1962, e lembro que, quando do meu primeiro emprego, em 1969, a primeira coisa
que eu fiz com o dinheiro do meu emprego, foi comprar um título remido do clube
Grêmio Náutico Gaúcho, quando saiu, em 36 vezes, e, até hoje, eu ainda o tenho.
A gente freqüentava os bailes de carnaval do Clube Teresópolis, já que os
clubes co-irmãos tinham acesso; a gente saía com o bloco do Grêmio Náutico
Gaúcho e ia assaltar, como se dizia
na época, o clube Teresópolis e vice-versa.
Mas
eu também quero fazer um registro que, recentemente, no mês passado,
participei, em Campo Grande, do Congresso Nacional de Gestores Desportivos, e o
Ministro dos Esportes, Sr. Agnelo, colocou, como uma das suas três maiores
prioridades uma atenção especial aos clubes esportivos, porque ele entende que
os clubes esportivos são os lugares de maior fomento desportivo em todo o
Brasil, já que congregam milhares e milhares de atletas, o que é muito maior do
que todos os outros órgãos e colegiados juntos.
Acho
que o importante, nessa visão, é esse espaço que o clube tem. Vocês têm uma
função social muito importante, que só os clubes, realmente, podem ter. São
entidades privadas, mas com direito público e a participação de todos.
É
por isso que eu quero parabenizar a cada um dos senhores por essa competência,
por esse trabalho, que é um gesto de doação no dia-a-dia, porque vocês ficam
pela manhã, tarde e noite; nos sábados, domingos e feriados.
Quero
falar da nossa grande alegria pela contribuição que vocês dão a toda a
sociedade brasileira. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço pela fala do Ver. Carlos Alberto
Garcia.
O
Sr. Luiz Fernando Mello Tarasiuk, Presidente do Teresópolis Tênis Clube, está
com a palavra.
O SR. LUIZ FERNANDO MELLO TARASIUK: Srª Presidenta da Câmara Municipal de
Porto Alegre, Verª Margarete Moraes, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Inicialmente,
agradeço à Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre, e, em especial,
ao Ver. João Bosco Vaz, por essa homenagem aos 60 anos de fundação do
Teresópolis Tênis Clube.
É
com muita honra que eu compareço a esta Casa como Presidente do Clube que hoje
é considerado um dos maiores e melhores do Estado, desenvolvendo um trabalho em
prol da comunidade. O nosso Clube há muito tempo deixou de ser apenas um clube
de bairro e para o Bairro. O nosso vasto quadro social abrange pessoas de toda
a Capital e da Grande Porto Alegre, inclusive. Desenvolvemos um trabalho
voltado à prestação de serviços a várias entidades, associações, instituições;
abrimos espaço para que a comunidade utilize e usufrua as dependências do
Clube, unindo o lado social à prestação de serviços imprescindíveis.
Hoje,
o nosso Clube, Teresópolis, é repleto de jovens nas áreas esportivas e em
eventos sociais. Os clubes, hoje, e, com muito orgulho, o Teresópolis,
proporcionam, como foi dito agora há pouco, segurança e convivência sadia aos
jovens, auxiliando a família na sua formação. Participar e colaborar, assim
como conviver com os jovens, é um trabalho enriquecedor, além, é claro, da
vantagem da permanente reciclagem e evolução para acompanhá-los.
Por
tudo isso que foi exposto, recebemos o prêmio Top of Mind como Clube social mais lembrado de Porto Alegre, por
cinco anos consecutivos. Esse é um
excelente presente para um Clube que faz 60 anos. Essa popularidade nos faz
crescer ainda mais e trabalhar cada vez mais em prol disso.
Eu
queria aproveitar para prestar a nossa homenagem, do Clube, àqueles que há 60
anos trataram informalmente da fundação de uma sociedade esportiva, recreativa
e social de nome Teresópolis Tênis Clube Social Recreativo. Esse pessoal jamais
poderia imaginar a grandeza e a potência desse sonho. O Teresópolis do
presente, hoje, cresce a passos largos, priorizando seus associados e a
comunidade em geral. Parabenizo os Clubes co-irmãos, o Farrapos, pelos seus 60
anos, e o Gaúcho, nosso grande parceiro em eventos, pelos seus 75 anos.
Agradeço de coração o trabalho de todas as diretorias que nos antecederam, à
Diretoria atual, que me apóia, que nos assessora; aos conselheiros, em especial
ao Júlio Moraes, ex-Presidente, que me proporcionou estar aqui hoje; aos
funcionários do Teresópolis Tênis Clube, pois sem a qualidade de seus serviços
e o profissionalismo que eles têm, não estaríamos no lugar em que hoje estamos;
e, principalmente, aos associados, que são a razão de o Teresópolis existir.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Tenente-Coronel Cláudio Paiva,
Presidente do Clube Farrapos dos Oficiais da Brigada Militar, está com a
palavra.
O SR. CLÁUDIO PAIVA: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)
Nós, na condição de Presidente do Clube Farrapos, estamos muito honrados e
satisfeitos, e eu agradeço muito esse reconhecimento da Câmara Municipal de
Porto Alegre, em especial ao nosso Exmo Ver. João Bosco Vaz, amigo
do Clube Farrapos, em particular - amigo de todos os clubes, mas eu falo em
nome do Clube Farrapos -, por quem nós temos uma consideração muito grande, por
essa iniciativa, Sr. Vereador, de propor esta homenagem, que, na verdade, é do
Legislativo Municipal, ao Clube Farrapos dos Oficiais da Brigada Militar;
agradeço à diretoria, aos
conselheiros, funcionários e amigos de todos os clubes co-irmãos, especialmente
o Teresópolis e o Grêmio Náutico Gaúcho.
O
Clube Farrapos foi fundado em 29 de março de 1944, portanto há 60 anos, por um
grupo de oficiais, e esse Clube surgiu com o objetivo de proporcionar o lazer,
o esporte, a cultura aos oficiais e seus familiares e, principalmente, o
congraçamento desse segmento - oficiais da Brigada Militar - com a sociedade
civil. Até, de certa forma, foi criado um estereótipo de que era um clube
fechado, um clube voltado somente à Brigada Militar; aqueles que dele
participam - como por exemplo o nosso Ver. João Bosco - sabem que o Clube
Farrapos dispensa o mesmo tratamento a qualquer segmento social e, ao contrário,
sente-se muito mais prestigiado com a comunidade civil. A sua trajetória,
portanto, ao longo desses 60 anos, se funde com a história da nossa Brigada
Militar.
O
Clube Farrapos é um sexagenário com muito vigor, graças às diversas
administrações que o conduziram desde sua fundação. Contudo, sua evolução
deve-se, substancialmente, à participação do seu quadro associativo, que
estimula a sua adequação às necessidades básicas da convivência contemporânea.
O
Clube Farrapos é um recanto aprazível em Porto Alegre, que resume a relação
íntima da Brigada Militar com a comunidade, pois, além dos seus oficiais e seus
familiares, o freqüentam os cidadãos civis, seus dependentes sócios do Clube,
bem como diversos segmentos da sociedade organizada que buscam, na entidade, a
efetivação de seus eventos.
Nascendo
do Clube Farrapos, por certo os princípios e valores nutridos pela Brigada
Militar são lenitivos permanentes, o que confere à sua estrutura a base sólida.
A sua credibilidade transpõe os limites do nosso Estado, indo, inclusive, além
das fronteiras do nosso País, através de pessoas, delegações, e organizações
militares que nos visitam.
O
nosso Clube dispõe de dependências para atividades múltiplas, construídas numa
área privilegiada, permitindo de maneira bastante funcional e dinâmica a
realização de eventos simultâneos.
No
Clube Farrapos não há restrições para a convivência sadia, há sempre espaço
disponível para todos, independentemente de suas crenças e ideologias, porque
entendemos que o entretenimento é um exercício legítimo de liberdade
democrática.
Poderíamos
evidenciar inúmeras realizações através das quais o Clube se engalana no
calendário social de Porto Alegre, porém desejamos destacar somente sua gama de
atividades sociais, culturais e esportivas, e os eventos que têm alcance
assistencial, destinados a suprir carências emergenciais.
Esperamos
que o Clube Farrapos possa continuar merecendo o apreço nesta oportunidade que
lhe é dedicada.
Finalizo,
portanto, ratificando efusivamente o agradecimento da Diretoria do Clube
Farrapos e associados pela sensibilidade deste Legislativo Municipal, em
especial ao nosso Ver. João Bosco Vaz, pelo singular gesto que coloca em relevo
o nome do Clube Farrapos e toca o coração dos oficiais da Brigada Militar com o
clarim da consciência coletiva, que harmoniza as relações humanas. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Sr. Raul Mendes da Rocha, Presidente
do Grêmio Náutico Gaúcho, está com a palavra.
O SR. RAUL MENDES DA ROCHA: Srª Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda
os componentes da Mesa e demais presentes.) Em minha breve saudação, gostaria
de enaltecer nesta data máxima, nos 75 anos do Grêmio Náutico Gaúcho, a
trajetória de crescimento demonstrada, no momento em que comemoramos sete
décadas e meia de fundação - tempo suficiente para contar a história de um
clube que foi fundado por um pequeno grupo de homens dispostos a criar uma
sociedade. Por acreditar com veemência no futuro, os jovens tinham a idéia de que
o Grêmio Náutico Gaúcho, a princípio instalado em uma casa modesta, passaria a
ter o crescimento extraordinário que tem.
Em
1930, o Grêmio Náutico Gaúcho, em um ano de vida, véspera de acontecimentos
relevantes da história brasileira, que foram as eleições presidenciais,
marcadas para 1.º de março daquele ano. Nós tivemos Júlio Prestes como
vencedor. Porém, Getúlio Vargas, derrotado, liderava um golpe de Estado. Em
meio a tudo isso, o Gaúcho seguiu o seu rumo. Com o passar dos anos, as
dificuldades apareciam, e até hoje ainda as encontramos, mas o rumo foi mantido
firme, passando por todos aqueles que dirigiram um dia o Grêmio Náutico Gaúcho,
tanto os presidentes como os seus colaboradores, de forma correta, em busca de
um futuro próspero e bem-sucedido.
Ao
longo da história, o Grêmio Náutico Gaúcho caracterizou-se como um clube
tradicionalmente voltado ao esporte - razão maior da sua fundação. Entretanto,
nunca deixou de lado sua função social, com realização de grandes festas,
jantares, badaladas reuniões dançantes e os carnavais - eventos que têm lugar
cativo na programação do clube e da sociedade gaúcha, beneficiando a própria
Cidade, os associados e a comunidade na qual está inserido.
Durante
esses 75 anos, o Gaúcho foi responsável por grandes espetáculos musicais, como
os da MPB, no melhor momento, inclusive, da Jovem Guarda, no auge dos anos dourados.
Desde
o início, o Gaúcho consagrou-se na parte social, porém o grande filão que
colocou o Gaúcho no rol dos maiores clubes do sul do Brasil foi, sem dúvida,
Ver. João Bosco Vaz, o esporte. O Gaúcho foi além da parte náutica, quando o
esporte principal era o remo - o Gaúcho, inclusive sagrou-se Campeão do Remo
nas temporadas de 1940 a 1944. Posteriormente, com a construção da piscina, e
por ser ela uma das únicas do Estado, ali passaram a ser sediadas as principais
competições, inclusive no nosso ginásio de esportes.
O
clube tem restaurante, lancheria, salão de festas, galpão crioulo, sala de
jogos, de judô, caratê, academia de ginástica, futsal, vôlei, natação,
hidroginástica, triatlo, ciclismo,
futevôlei, paddle, ginástica rítmica
desportiva, massagem, clínica odontológica, clínica de fisioterapia, escola
infantil, coral, confraria dos gourmets,
artesanato e pintura. Já foi dito, aqui da tribuna, que o clube é um agente
social, é o caminho mais rápido para se atuar com inserção social, do sócio,
mas também ajudando a sociedade gaúcha e - por que não dizer? - a brasileira,
já que, conforme também foi dito nesta tribuna, algumas ações do Ministério do
Esporte, do Governo Federal, usam os clubes como o meio de serem atingidos
vários objetivos da sociedade.
Cumpre-nos,
ainda, ressaltar a elevação do perfil dos novos associados do clube, prova de
que o Grêmio Náutico Gaúcho mantém a qualidade no atendimento, num contexto
atual, de uma gestão que ouve muito o seu associado, pois já não se permite
mais, hoje, conduzir os trabalhos sem ouvir os reais interessados, que, hoje,
são os associados do Grêmio Náutico Gaúcho e a sociedade gaúcha como um todo.
Portanto,
o nosso atendimento pleno e o encantamento de nossos clientes representa-se
pela quantidade de associados que hoje fazem parte do Gaúcho. Esse crescimento
só foi possível, portanto, com uma forma horizontalizada de gestão que
empregamos em nosso Clube. E aqui vai uma sugestão que eu acho ser o caminho,
inclusive, para as ações dos Executivos, tanto no âmbito municipal, estadual ou
federal: horizontalizar um pouco mais; porque a gente vai conseguir mais
rapidamente atingir os anseios da nossa sociedade. Nesse crescimento, o
Presidente nada mais é do que um gestor e catalisador das energias do grupo
diretivo e dos associados, voltando-se integralmente para a antecipação das
necessidades do público-alvo e integrando o Grêmio Náutico Gaúcho no contexto
da sociedade gaúcha.
Neste
ano, batemos todos os recordes de freqüência dos associados, bem como o aumento
no percentual de pagamentos, inclusive, resultando na maior e melhor temporada
de verão. Porém, todo sucesso obtido até então é decorrente do comprometimento
das pessoas envolvidas com o clube, que passou a ser uma efetiva questão
administrativa para lidar com a competitividade e com a capacidade de enfrentar
a turbulência deste mundo atual. No entanto, é com muito orgulho que
reconhecemos a persistência dos fundadores e das sucessivas diretorias, aliados
aos demais colaboradores que por aqui passaram.
Também
foi dito nesta tribuna aqui que vários Vereadores já vivenciaram, vivem,
inclusive a conselheira Sônia – desejo fazer um destaque especial – também
consegue nos ajudar na condução dos trabalhos do Grêmio Náutico Gaúcho.
Portanto,
o objetivo do nosso trabalho é ímpar: é a satisfação - não nossa, pessoal - do
nosso quadro associativo, o que significa atender plenamente às suas
necessidades, oferecendo o que há de melhor em serviços, lazer, esporte e
descontração, considerando o apoio dos outros clubes, a reunião, sempre que
possível, com troca de idéias, de colaboração, especialmente com o Clube
Farrapos e o Teresópolis Tênis Clube - que também referiu a parceria que há
entre os clubes em realização de eventos, festas e também em eventos
esportivos. Eu quero deixar aqui os nossos agradecimentos. Agradecimento ao
Ver. João Bosco Vaz, pela proposta; sei que essa proposta foi de coração, assim
como também temos aqui o Ver. Nereu D'Avila, que também tem uma ligação, a Verª
Clênia Maranhão, o Ver. Carlos Alberto Garcia, o Ver. Cassiá Carpes que também
vem do esporte. Sei que todos já tiveram, terão ou vão ter alguma ligação com
um clube ou vão depender de alguma coisa de um clube social.
Portanto,
senhoras e senhores, eu quero, em nome do Grêmio Náutico Gaúcho, agradecer à
Câmara de Vereadores por esta homenagem.
Mais
uma vez agradeço à Presidenta por essa dedicação e por essa honra que nos foi
possibilitada no dia de hoje. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Eu quero, mais uma vez, cumprimentar o
Ver. João Bosco Vaz pela oportunidade deste encontro, e, em nome de todos os
Vereadores e Vereadoras, parabenizar, mais uma vez, os três clubes que
aniversariam, na figura de seus Presidentes. Sobretudo, quero agradecer o
prestígio das presenças dos sócios e de todas as pessoas que nos acompanham
nesta tarde. Muito obrigada.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h43min.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes -
15h46min): Estão
reabertos os trabalhos. Retornamos ao período de Comunicações.
O
Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra em Comunicações.
O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, saudando a presença das Vereadoras Helena Bonumá e Sofia Cavedon, e
dos Vereadores Guilherme Barbosa e Gerson Almeida, pelo prazer do convívio.
Gostaríamos de tocar em alguns pontos, do preparo ou não das pessoas no
desempenho de cargos de representação no País. Refiro-me, especialmente, ao
Presidente Lula. Esse mesmo Presidente que propôs, há pouco tempo, a CPMF para
acabar com a fome no mundo inteiro; evidente que essa proposição foi motivo,
inclusive, de chacota junto aos dirigentes mundiais com quem fazia presença na
última reunião no México. Agora comete, na minha opinião, uma gafe imensa que,
se por um lado injusta, por outro, mostrando o seu profundo desconhecimento do
assunto. Eu me refiro ao ensino por ciclos, assunto que por várias vezes tive
oportunidade de debater nesta Casa, inclusive, com a Verª Sofia Cavedon, o que
eu acho uma coisa extremamente importante. Talvez o Presidente, na sua
ingenuidade, tenha-se entusiasmado com alguma opinião, e sem a base cultural e
de conhecimento científico da matéria, emitiu um parecer que revela, não só a
péssima informação e o péssimo assessoramento que tem, falando de maneira
desastrada, despreparada, sendo, inclusive, motivo de preocupação para Brasil
inteiro em relação à seriedade e responsabilidade que tem um Presidente da
República. Por exemplo, quando, agora, aparecem na imprensa mundial as questões
voltadas à energia nuclear, num processo de enriquecimento de urânio que há no
Brasil, as pesquisas voltadas às questões bélicas e energéticas quanto à
energia nuclear no Brasil.
Queira
Deus, que num momento de lucidez, ele seja bem assessorado, e mais do que isso,
ele entenda o que está dizendo, porque nós sabemos do imenso debate que há no
País, hoje, a respeito dos métodos de Educação. O Mundo mudou, nós vivemos em
uma sociedade com tecnologia, a sociedade da pressa, uma sociedade da leitura
dinâmica, e que necessita do estabelecimento de novos conhecimentos, inclusive,
preparados, não só para as questões da instrução e do aculturamento das
pessoas, mas, principalmente, para o mercado de trabalho altamente exigente e,
principalmente, competitivo. É isso que nós queremos trazer aqui, sem aquela
paranóia ridícula do Presidente da República de achar que um torneiro mecânico
não pode ser Presidente da República. Pode! Pode, sim, por que não? Chegou lá,
chegou legitimamente, chegou democraticamente. Mas com um mínimo de preparo, um
mínimo de representação para não acontecer esse tipo de equívoco, e,
especialmente, deixar mal pessoas, educadores, inclusive do seu próprio
Partido, que vêm aqui defender, por exemplo, o ensino em ciclos.
No
Mundo inteiro as exigências, hoje, estão voltadas para países com dinâmicas de
maior evolução, que necessitamos para fazer coro, para emparelhar junto com as
exigências tecnológicas do momento. É isso que nós queremos e não gostaríamos
que o nosso Presidente fosse criticado e ridicularizado por sua postura em
geral, cheia de bravatas, como se fosse uma grande esperteza esse tipo de
crítica inaceitável, sem ser discutida antes, e sem ter um profundo
conhecimento da matéria, que não é o caso do Presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elias Vidal está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ELIAS VIDAL: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, como também o público que nos assiste aqui e pela TVCâmara. Na
sexta-feira saiu uma reportagem sobre o Parque da Redenção. Muitos dos senhores
leram essa reportagem, mas vou reler até como uma forma de a gente fazer uma
reflexão sobre o que foi escrito na Zero Hora, diz assim: “Os bustos de Assis
Brasil e do Padre Cacique, entre outras peças que antes podiam ser admiradas
pela população nas alamedas do Parque Farroupilha, agora ficam trancafiados”.
“A situação está mais tranqüila” - diz aqui a reportagem. Por que está mais
tranqüila? Porque agora o que havia para ser levado, já levaram; quer dizer,
não há tanta razão para se preocupar. Podem ficar tranqüilos senhores da
sociedade, senhor cidadão, pois o que havia, já levaram, já roubaram! Essa
tranqüilidade não é terapêutica, não é boa... Diz mais ainda: “decidimos
retirar os bustos mais ameaçados, e que estavam a perigo..." – quer dizer,
a solução é arrancar, é tirar os bustos para que não sejam roubados e
danificados. Fico triste com isso!
Outro
trecho da reportagem: “A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal do Meio
Ambiente, responsável pelos parques da Cidade, garante que a Guarda Municipal e
a Brigada já estão orientadas para evitar a ação dos vândalos” – quer dizer, é
uma orientação que resolve o problema? Ou seja, primeiro, fiquem tranqüilos,
porque o que tinha de ser roubado, já foi levado. Não há razão para alarme.
E
continua “fiquem mais tranqüilos ainda, porque foi expedida uma orientação”. A
orientação, por si só, já resolveria o problema. Fiquem tranqüilos. Já
roubaram, não há muito mais o que roubar, não há muito mais o que depredar, não
há muito mais para os vândalos levarem. Mas, mesmo assim, tomaram a iniciativa
– diz a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal do Meio Ambiente – “já
demos a orientação”. Já estão orientados, como se fossem escoteiros; vamos
orientar aqui os escoteiros. Isso aqui é uma brincadeira de mau gosto!
Então,
faltava orientação antes? Não se tinha orientação adequada? Foi a falta de
orientação que permitiu que os vândalos levassem os objetos, que depredassem
monumentos que datam de 1935? E a cultura, e a história da nossa gente?
Então,
senhores, deixo para reflexão. Mais cedo ou mais tarde, tenho dito, pode não
ser nesta gestão, nem na próxima, mas um dia o Parque terá de ser cercado, se
quisermos tê-lo para os nossos filhos e netos.
Atualmente,
já não conseguimos usufruir o Parque. Há os que dizem que o Parque é seguro.
Então, não conhecem o Parque, não são Vereadores de Porto Alegre. Morei muitos
anos em frente à Redenção, na Av. João Pessoa nº 699, conheço a realidade do
Parque.
Quanto
custaram as luminárias? Quanto tempo ficaram em condições ali no Monumento ao
Expedicionário? Trinta dias.
Quanto
o contribuinte pagou? Quarenta mil reais, por 30 dias, para os vândalos
levarem.
(Não
revisto pelo orador.)
No
entanto, a volta à Câmara de Vereadores, que cumpre uma obrigação legal, já que
assim prevê a Legislação Eleitoral para quem vai concorrer a cargos eletivos,
não só de Vereadores, é cumprida por uma questão legal, naturalmente, mas
também é cumprida com uma satisfação pessoal e política, porque a experiência
de Governo que todos estamos desenvolvendo na Cidade de Porto Alegre, os
oposicionistas e os situacionistas, aqueles que estão no Executivo com aqueles
e aquelas que estão na Câmara de Vereadores e, sobretudo, com as centenas ou
milhares de pessoas que em todas as organizações sociais, comunitárias,
regionais, enfim, profissionais, têm construído uma experiência de gestão
democrática que é referência, hoje, para o Brasil e para o mundo.
Não
é à-toa que Porto Alegre é a sede do Fórum Social Mundial. Porto Alegre é
objeto de estudos em vários lugares sobre a questão da democracia. E a Câmara
de Vereadores é um dos esteios fundamentais para que essa experiência também se
afirme e se realize.
Por
isso, esse tripé - Executivo, Legislativo e sociedade organizada - são todos
insubstituíveis, nenhum pode substituir ou diminuir o outro, todos devem
crescer nesse processo.
À
frente da Secretaria de Governo, assim como à frente da Secretaria Municipal do
Meio Ambiente, é natural que, pessoalmente, nos empenhamos para fazer o melhor
possível. Felizmente, também, são trabalhos reconhecidos e tive a satisfação,
nos últimos dias em que estive na Secretaria de Governo, de receber a notícia
de que a Prefeitura ganhou um prêmio de cerca de 45 mil euros, se não estou
enganado - peço desculpas por não estar com esse dado preciso -, mas, cerca de
45 mil euros pelo programa PAICA dado pela Organização de Mercocidades, uma
rede de cidades que envolve vários países do Conesul. São aproximadamente 200
cidades. O PAICA é o Programa de Assistência Integrada a Crianças e
Adolescentes. Ganhamos esse prêmio num esforço que demonstra a preocupação de
construir políticas públicas inclusivas na Cidade.
Eu
queria deixar esse registro e dizer que é uma satisfação voltar ao debate
político na Câmara de Vereadores, que eu sempre respeitei como Vereador, e
penso que, como Executivo, nós aprendemos ainda mais a importância que tem o
Parlamento, mesmo nas controvérsias e polêmicas, que não são poucas, numa
Câmara que não tem maioria governista, mas é importante lembrar que essa
polêmica e essa confrontação de idéias, sempre mediadas pela opinião das
organizações da sociedade civil, são muito importantes para que esta
experiência se aprofunde e se mostre, de fato, uma experiência-referência. Nós
não pretendemos “ter inventado a roda” com o Orçamento Participativo, com a
democracia participativa, porque isso é uma coisa que vem de longa data. Mas,
sem nenhuma dúvida, e quero concluir com isso Srª Presidente, a questão democrática
é uma questão chave para a civilização hoje e, portanto, modestamente, em Porto
Alegre estamos apresentando uma possibilidade de alargar para além apenas a
experiência que tivemos até então.
Pretendo
estar à altura da Câmara de Vereadores neste ano muito importante para os
destinos da Cidade. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigado, Ver. Gerson Almeida. O Ver.
Guilherme Barbosa está com a palavra em Comunicações.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes,
colegas Vereadoras e Vereadores, servidores da nossa Câmara, senhoras e
senhores presentes, cidadão que nos assiste pela TV, quero também registrar a
minha grande satisfação de retornar a esta Casa, à Casa Legislativa do nosso Município,
onde se representam todas as tendências partidárias da nossa Capital.
Quero
dizer também que este período em que estive à frente da Secretaria Municipal de
Obras e Viação, depois de uma outra experiência à frente do Departamento
Municipal de Água e Esgotos, foi para este engenheiro, para este cidadão, para
este militante político uma satisfação muito grande.
Nós,
obedecendo às deliberações do Orçamento Participativo, tivemos a oportunidade
de executar uma série de iniciativas, de obras, de programas que, com certeza,
contribuíram muito para que a nossa Cidade tenha avançado mais ainda na sua
qualidade de vida.
Quero
aqui destacar alguns itens que me parecem absolutamente relevantes na análise
dessa questão do avanço da nossa qualidade de vida em Porto Alegre.
Nesse
período tivemos a oportunidade de, implementando, repito, as decisões do
Orçamento Participativo, pavimentar várias dezenas de ruas da periferia da
Cidade, lembrando sempre que, além da pavimentação propriamente dita, essas
ruas recebem a drenagem, muitas vezes o Departamento Municipal de Água e
Esgotos reforça a rede de água, constrói também a rede de esgoto cloacal,
portanto significando um avanço muito grande na qualidade de vida dessa
população nessas ruas, terminando a poeira no verão, a lama no inverno.
Sob
a orientação da Secretária e Vereadora Sofia Cavedon nós ampliamos, reformamos
e construímos várias escolas novas. Um marco que sempre fazia questão de dizer
que não havia e não há obra mais importante que uma Prefeitura possa construir.
A escola é o espaço da construção da personalidade, junto com a família,
evidentemente, e a preparação do cidadão do futuro.
Na
3ª Perimetral nós pudemos participar de várias das suas etapas, desde a
continuação e a finalização da rótula do Viaduto Mendes Ribeiro; todo o
alargamento da Carlos Gomes; todo o alargamento da Avenida Aparício Borges; da
construção do Viaduto Jayme Caetano Braun, que é o Viaduto sobre a Avenida Nilo
Peçanha; o início, e já bastante adiantado, do alargamento da Avenida Dom Pedro
II e da Avenida Teresópolis; encaminhado o túnel que liga a Avenida Aparício
com a Avenida Teresópolis; fechamos a licitação para a construção do Viaduto
sobre a Benjamin Constant, e recebemos o projeto de um outro Viaduto - Viaduto
sobre a Avenida Farrapos.
Algumas
obras de arte, continuando um programa já bastante antigo da SMOV - o PROA – O
Programa de Recuperação de Obras de Arte, nós demos continuação e finalizamos a
recuperação do Viaduto Otávio Rocha e fizemos toda a recuperação do Viaduto D.
Leopoldina. Tivemos, também, a satisfação de sob a orientação da Secretaria da
Cultura, Verª Margarete Moraes, finalizar aquela belíssima e importante obra do
restauro do Paço Municipal, o prédio mais importante da Cidade. Iniciamos e
estamos já com essa obra bastante adiantada, do alargamento da Avenida Juca
Batista e da Avenida Wenceslau Escobar; e um projeto que está em implementação
que nós chamamos de redesenho, que vai entrar em implementação, primeiro um
piloto das casas, agora, em abril, o piloto de outros edifícios que vai fazer
com que os profissionais consigam encaminhar os seus projetos para SMOV através
de e-mail, através da Internet. Os
nossos profissionais irão examinar o projeto na tela do computador,
encaminharão novamente para o escritório e assim nós agilizaremos tremendamente
esse processo de aprovação de projetos.
Mas
quero finalizar, já que o meu tempo se esgota, para dizer que, na verdade, a
obra mais importante, com a qual nós tivemos a satisfação de colaborar com o
nosso humilde trabalho foi exatamente a obra da construção da democracia, da
reafirmação da democracia por intermédio desse processo que ultrapassou as
fronteiras do Município, que ultrapassou as fronteiras do Brasil e que é hoje
um processo conhecido, discutido e implementado em várias outras cidades e
locais do mundo inteiro, que é o Orçamento Participativo, como dizemos: a
radicalização da democracia. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço a manifestação do Ver. Guilherme
Barbosa. Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1.ª SESSÃO
PROC.
N.º 1303/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 053/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que
denomina Rua Luiz Pogorelski um logradouro público cadastrado, localizado no
Bairro Lomba do Pinheiro.
PROC.
N.º 1354/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 054/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que
denomina Praça Engenheiro Flávio Gabriel Azambuja Kessler um logradouro público
cadastrado, localizado no Bairro Restinga.
3.ª SESSÃO
PROC.
N.º 1251/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 050/04, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que
denomina Rua João de Araújo um logradouro público cadastrado, localizado no
Bairro Cascata.
PROC.
N.º 1448/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 059/04, de autoria do Ver. Beto Moesch, que
declara de utilidade pública o Centro de Educação Ambiental – CEA.
PROC.
N.º 1480/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 007/04, que inclui Art. 6.º-A e altera
dispositivos dos artigos 2.º, 3.º e 5.º da Lei n.º 9.185 de 30 de julho de
2003. (atualização monetária/permuta)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, minhas senhoras e meus senhores, inicialmente, a
saudação da minha Bancada aos Vereadores que hoje retornam ao nosso convívio: a
Verª Sofia Cavedon, o Ver. Guilherme Barbosa, Ver. Gerson Almeida e a Verª
Helena Bonumá.
Mas
na Pauta do dia de hoje há três Processos em 3ª Sessão e dois em 1ª Sessão. Em
3ª Sessão, está aqui um Projeto de Lei do Executivo, que altera dispositivos de
uma Lei anterior.
O
Executivo Municipal tem, sem dúvida nenhuma, a maior imobiliária da Cidade. E
tem também a sua disposição a maior assessoria jurídica para essa imobiliária
que se possa imaginar. Eu perco a conta do número de assessores e procuradores,
todos juristas eminentes. Mas, de repente, nos mandam processos que fazem nós
termos a certeza de que o problema, neste País, não são mais leis, mas leis bem
feitas, leis cumpridas. E como a assessoria é grande, a imobiliária é enorme,
os problemas acontecem, nós aprovamos aqui, porque não temos tempo de votar
todas as coisas e, de repente, temos de aceitar as modificações que o Executivo
nos manda, porque, com toda aquela assessoria, era para ser setembro de 2000 e
colocaram agosto de 2001. Quer dizer, não sei o que eles estavam fazendo lá,
mas, de qualquer forma, é favorável ao Erário, nós vamos votar favoravelmente,
sem dúvida nenhuma.
O Ver. João Bosco Vaz
propõe aqui homenagear ao Eng.º Flávio Gabriel Azambuja Kessler. Chamar uma
praça com todo este nome é não querer fazer com que a população possa
homenagear. Eu tenho a impressão de que meu colega, o Eng.º Flávio Kessler,
poderia ser conhecido por dois nomes só, e não por todo o nome, e o certo, numa
denominação de rua, seria que a população adquirisse facilmente a forma de usar
o nome da pessoa homenageada. Eu proponho que o Ver. João Bosco Vaz faça a
verificação do nome pelo qual o homenageado era mais conhecido e nos dê a
oportunidade de homenagear esta figura. Mas denominar logradouros é importante,
sem dúvida nenhuma, basta perguntar para alguém que mora na Rua 2 ou na Rua 8,
na Rua A, B ou X, Y, Z. Mas não adianta também nomear o logradouro se ele não
for aquinhoado com as placas, conforme determina a Lei. Desde 1994, eu venho
discutindo essa matéria, querendo que as ruas sejam denominadas. E este ano
passei a fazer Pedidos de Providências no sentido de que todas as ruas
não-denominadas de cada bairro – cada dia eu faço um deles – fossem
denominadas.
Estou muito contente,
recebi hoje um ofício do Diretor-Presidente da EPTC, Túlio Zamin, informando
que no mês de março a colocação de placas ocorreu no Bairro Vila Jardim. (Lê.):
“E para o mês de abril, estaremos dando continuidade a esse serviço nos demais
bairros da Cidade”.
Fico muito contente; eu
acho que a Prefeitura está agindo, nesse caso, corretamente, porque a
reclamação da Cidade é muito grande. Mas restaria alertar a municipalidade para
o fato de que nós também temos uma Lei que determina que os números dos prédios
sejam colocados de forma bastante visível, e isso a Prefeitura não está
fiscalizando, e a população está reclamando. Saúde e PAZ!
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. CASSIÁ CARPES: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, quero aproveitar o tempo de
Comunicação de Líder do meu Partido para falar sobre o grande encontro que o
Partido Trabalhista Brasileiro teve nesse final de semana, em que estiveram
quase duas mil pessoas. Foi um grande encontro de mobilizações pelo interior do
Estado, mostrando a força do Partido Trabalhista Brasileiro que, hoje, está
constituído em 496 Municípios – antes eram 497. Portanto, o Partido mostrou a
sua grandeza, dando capacidade aos Vereadores, a todos aqueles que militam no
Partido Trabalhista Brasileiro, para se estruturarem para a campanha de 2004,
com um crescimento que nós esperamos seja extraordinário pela pujança e pelo
crescimento do Partido na Capital.
O
Partido Trabalhista Brasileiro está pensando muito, analisando, pois nós temos
a intenção, sim, de ter candidatura própria; esse é o fundamento do Partido. As
bases da Capital, as suas zonais - quase todas elas - têm o interesse de lançar
uma candidatura. Então, o Partido Trabalhista Brasileiro está-se preparando.
Outro
aspecto que eu gostaria de salientar é que nós devemos desmistificar certos
mitos que foram criados na Capital, como, por exemplo, o Orçamento
Participativo. O Presidente Lula não quis colocá-lo em execução, quer dizer,
não deu valor a esse mito que o PT criou na Capital, que não é tanto assim,
tanto que o regime Presidencialista, por meio do Presidente Lula, do seu
Partido, o PT, não o colocou em prática. Então, não é um projeto, um processo
consolidado nacionalmente. E olha que o PT era a fina flor do Partido no Rio Grande do Sul! Mas parece-me que, embora
tenhamos lá alguns representantes, essa linha o Lula não adotou, não aceitou, e
isso é prova de que, se o próprio Presidente, que pertence ao PT, não acredita
no Orçamento Participativo, isso é um engodo para a população de Porto Alegre,
até porque não tem dado resultado. São reuniões atrás de reuniões e até
conselheiros participando há 10, 12, 15 anos com a mesma posição nas
comunidades de Porto Alegre. Portanto, é mais um processo eleitoral do PT do
que um processo que venha a ajudar a comunidade de Porto Alegre.
Hoje,
surpreendentemente, o Presidente Lula critica o estudo por ciclos, outra obra-prima do PT na Capital. Olha,
precisou o Presidente Lula, do próprio Partido, dizer isso em nível nacional!
Quem sabe a população de Porto Alegre, de vez, se convença de que o processo
eleitoral executivo do PT terminou na Capital. Primeiro, o Presidente da
República vem dizer que o Orçamento Participativo não é aquilo que se diz, e
não o coloca em prática; agora, vem questionar o que já era questionado em Porto
Alegre, mas que o PT não queria debater - o estudo em ciclos.
Portanto,
o próprio Presidente da República, ex-Presidente do seu Partido, está, para
nós, Ver. João Dib, desmistificando muitas coisas que nós já falávamos, que nós
já afirmávamos aqui: que a população de Porto Alegre, muitas vezes, era
enganada com questões ideológicas, já que não eram questões que viessem a
beneficiar, na realidade, o povo desta Cidade. Obrigado, Presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. NEREU D’AVILA: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, deve entrar em Pauta - logo,
vou falando adiantadamente, que desarquivamos, Vereadora-Presidenta, Margarete
Moraes - o nosso Projeto de 15 de abril de 1991 - portanto, há 13 anos temos o
Projeto -, e que, no ano passado, o Ver. Elias Vidal também engrossou as
fileiras da nossa luta em relação ao cercamento do Parque da Redenção.
Este
Parque é importantíssimo para a Cidade, inclusive para a sua história.
Dois
fatos só, primeiro: ele era chamado várzea
alagadiça; perto dos portões da Cidade de Porto Alegre, onde se situa hoje
a Santa Casa de Misericórdia. Esta área alagadiça foi doada – chamada várzea alagadiça
– pelo Sr. Paulo da Silva Gama, Paulo Gama, que doou essa área, com cerca de 70
hectares. Isso em 1816, 1818, por aí. Em 1824, há um fato interessantíssimo...
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. Nereu D’Avila, sem pretender
interromper V. Exª, nós estamos em Pauta.
O SR. NEREU D'AVILA: Exato, o Ver. Elói não escutou, assumiu a
presidência agora, eu desarquivei, Vereador, na quinta-feira passada, o Projeto
do cercamento do Parque da Redenção. Deve estar entrando na Pauta amanhã ou
depois. É assunto de primeiríssima. Então, eu estava exatamente adiantando o
assunto, porque é evidente que vai ser debatido, e eu já estou me posicionando
aqui, não é Vereador-Presidente?!
Nós
temos de debater, Vereador, não circunscritos à formalidade das páginas do
expediente, mas à realidade da Cidade. Hoje houve um debate muito forte sobre
esse cercamento. Mas tudo bem, Vereador, eu vou atender ao apelo de V. Exª,
porque, na verdade, V. Exª está, sob o ponto do formalismo, correto. Não está
ainda na Pauta real, está na Pauta que advirá.
Então,
vou falar sobre a Previdência. A Previdência está em Pauta, pautíssima, não está? Mas como, dois
assuntos da maior importância para Porto Alegre não estão na Pauta, e a
Previdência deve ser votada na quarta-feira ou quinta-feira?! Mas é o art. 81,
a Previdência não está em Pauta? Ah! Não, perdão, já está em votação, já está
em ritmo de art. 81 e não está na Pauta.
Porto
Alegre perde dois assuntos importantes que eu ia discutir.
(Aparte
inaudível.)
Para
discutir ruas, francamente, eu não vou ficar na tribuna. Eu vou passar ao
próximo, que certamente terá mais assuntos do que eu. Eu queria discutir coisas
importantes, não dá; então vamos deixar para discutir na hora certa. Eu
agradeço a gentileza do Ver. Elói, que cortou
o meu embalo. Obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra
para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. João Carlos Nedel está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente Elói Guimarães,
Vereadores, Vereadoras. Em Pauta há alguns Projetos denominando nome de
logradouros em Porto Alegre. Já enfatizei, aqui desta tribuna, a importância
disso, para que as pessoas tenham um endereço, retomem a sua dignidade, tenham
um local para serem encontradas e tenham condições de também dar o seu endereço
para obter crédito.
Muitas
instituições financeiras, muitos departamentos de crediário não concedem
crédito a pessoas com endereço indefinido. Portanto, Ver. João Bosco Vaz - que
denomina dois logradouros, Rua Luiz Pogorelski e a Praça Flávio Gabriel
Azambuja Kessler - e mais o Ver. Nereu D'Avila - que denomina Rua João de
Araújo, no Bairro Cascata - estão de parabéns, porque entenderam a necessidade
que a população tem. Muita gente diz: “Puxa, mas é uma necessidade primária!”
Exatamente, é uma necessidade primária que não tem sido cumprida. É muito
importante as pessoas retomarem a sua dignidade. Portanto, cumprimento os
Vereadores João Bosco Vaz e Nereu D'Avila, que estão denominando ruas.
Sábado,
tive a honra de descerrar uma placa indicativa da Rua Amaury Silveira e vi as
dificuldades que têm aquele pessoal; embora exista um nome na sua rua, ainda a
CEEE, o DMAE, a Brasil Telecom, não inscreveram o novo nome nos seus documentos.
Há um caso de uma família que está sendo processada pelo Detran, porque não
pagou o IPVA - teve o seu carro guinchado -, pois não recebeu a documentação.
Então, nominação de ruas, como essas que o Ver. João Bosco Vaz e o Ver. Nereu
D'Avila estão denominando, é muito importante.
Refiro-me
também ao Projeto do Ver. Beto Moesch, que declara de utilidade pública o
Centro de Educação Ambiental. Agora estamos num período de estiagem, de longa
seca, e a gente vê aclarar os problemas ambientais que a falta de água nos
traz.
Hoje,
estive na TV Guaíba e, lá de cima, olhando o nosso Guaíba, vi que ele já se
encontra com problemas. Em vários pontos, pode-se atravessar a pé,
impressionante! Então, Ver. Beto Moesch, o seu Projeto, de declarar de
utilidade pública o Centro de Educação Ambiental, é extremamente importante,
porque nós precisamos que entidades esclareçam a população sobre a importância
da defesa do meio ambiente. É o nosso habitat e nós, muitas vezes, o estamos
destruindo.
O
Ver. João Antonio Dib falou sobre o Projeto de Lei que é oriundo do Sr.
Prefeito Municipal, que está corrigindo vários detalhes de uma Lei anterior. E
o Ver. João Antonio Dib dizia, com tristeza, que vê dificuldades na assessoria
da Prefeitura, que nos manda o Projeto anterior com inúmeros equívocos. Então,
há necessidade de fazer várias alterações para corrigir uma Lei anterior, por
equívoco da assessoria do Sr. Prefeito Municipal. Nós, evidentemente, vamos
analisar. Mas isso aqui é uma permuta, isso aqui já atrasou a permuta, já
atrasou uma eventual obra que deveria ser feita depois da permuta. Isso aqui é
prejuízo a nossa sociedade. A Prefeitura tem de ficar mais atenta e fazer uns
Projetos mais adequados e com mais correção. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. BETO MOESCH (Questão de Ordem): Presidente, a Bancada do Partido
Progressista fez um Requerimento formal, na quinta-feira passada, para que a
Câmara contratasse ou disponibilizasse um perito independente ou uma
instituição independente, para analisar o cálculo atuarial apresentado pela
Prefeitura. E isso é de fundamental importância, para que nós possamos votar
essa matéria tão importante para a Cidade. Gostaríamos de saber se já há uma
manifestação ou não. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu informaria a V. Exª que o Requerimento
está aos cuidados da Presidenta da Casa, que ainda não deliberou sobre este.
Mas, no curso da Sessão, V. Exª terá informações a respeito do assunto ora
formulado.
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, minhas senhoras e meus senhores, eu quero falar
sobre o Previmpa. A minha Bancada, com tranqüilidade, desejaria ver votada essa
matéria após a aprovação da PEC Paralela. No entanto, nós estamos acompanhando
os acontecimentos e nós fizemos uma solicitação de que a Mesa indique, nomeie,
busque alguém competente, conhecedor profundo de cálculos atuariais, que
poderia ser da Universidade, para fazer a análise do cálculo que para aqui
veio, no qual o passivo atuarial está colocado e não deveria, segundo a própria
Lei que criou o Previmpa, também a taxa de administração está incluída e, não
fosse isso, nós teríamos um valor bastante mais baixo de alíquota.
Nós
também não podemos ficar sem movimentar alguma coisa. Então, nós colocamos uma
Emenda - e essa idéia não foi entregue ainda -, pela qual se condiciona a
alíquota de 11%, proposta pelo Prefeito para aposentados, servidores em
atividade e pensionistas também, ao seguinte: é necessário que seja paga a
bimestralidade, que foi tomada dos servidores a partir de maio do ano passado.
O
aumento puro e simples da alíquota significa tirar do já baixo ganho dos
servidores municipais mais uma parcela. Então, nós estamos querendo recolocar.
Por
outro lado, nós temos conhecimento de que a Associação dos Magistrados
Brasileiros já entrou na Justiça com Ação de Inconstitucionalidade da cobrança
dos aposentados. Ora, o aposentado já está aposentado; ele vai pagar
aposentadoria para quê? Por quê? Para quem? Mas ele já está aposentado. E veja
que nós, Vereadores, estamos pagando INSS. Nós pagamos INSS para nada! Nós não
vamos receber nada, mas as ações em juízo já foram decididas, só que nós
continuamos pagando, ainda. Mas nós não teríamos por que pagar, uma vez que eu,
por exemplo, sou aposentado. O Ver. Pedro Américo Leal é aposentado, há mais
Vereadores aí que são aposentados, não há por que pagar! Mas parece que há uma
preocupação de tirar do servidor dinheiro para cobrir os erros das
administrações que por aí passaram. E não é isso que nós queremos.
Portanto,
Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, nós queremos, antes de qualquer coisa, que
seja analisado por um atuário competente o cálculo apresentado pela Prefeitura.
Porque aqueles que aqui apresentaram o cálculo deixaram a entender que o
passivo atuarial não competia aos servidores, e sim à Prefeitura, e a Lei que
criou o Previmpa diz isso também. Só que a Prefeitura está acima da Lei, a
Prefeitura está acima de qualquer coisa. As leis não foram escritas para os
homens e mulheres ali da Prefeitura; foram escritas para os pobres mortais,
porque a Prefeitura continua fazendo como quer, não só neste caso, mas em
muitos outros.
Então,
o que nós estamos pedindo é que venha o atuário. Mas, se fosse inteiramente da
nossa vontade, nós queríamos a PEC Paralela. Segundo disse o Sen. Paim aqui em
Porto Alegre, ela está quase sendo aprovada, uma vez que o Relator na Câmara
Federal retirou as Emendas que havia apresentado. Por isso, muita cautela,
muita preocupação com os servidores, que são malpagos, muito malpagos, e a
Prefeitura pretende tirar suas diferenças para colocar em CDBs, provavelmente,
mais um pouco dos ganhos dos pobres servidores. Saúde e PAZ!
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Elói
Guimarães, colegas Vereadoras e colegas Vereadores, acompanhei atentamente o
pronunciamento de S. Exª o Ver. João Dib, sobre essa matéria que esta Casa vem
discutindo já nas últimas semanas. A nossa Bancada, eu e o Ver. Haroldo, está
trabalhando essa matéria, junto com o Partido, e nós não temos uma opinião
final sobre ela, mas nós temos alguns indicativos, os quais queremos reiterar
aqui nesta tribuna. O primeiro deles, Ver. Dib, é que a bimestralidade já é
Lei, então, portanto, desculpe-me, mas isso é “para inglês ver”, já é Lei, e não pagaram. Então, vamos deixar bem clara esta
questão aqui. Fazer uma Emenda para vincular a bimestralidade? Mas se é Lei! Só
falta discutir sobre o índice, e é essa questão que está colocada, Ver. Elói.
Agora,
eu expus uma questão que eu quero reiterar. Nós somos daqueles que querem
enfrentar a matéria, Ver. Elói, há um cálculo atuarial que o servidor diz que
não representa a realidade dos fatos, e eu estou pinçando isso, e acho que esta
Casa, que às vezes é muito franciscana, em boa hora poderia contratar técnicos
que fizessem os cálculos atuariais, esta Casa poderia aprovar uma alíquota
provisória e contratar esses técnicos, sim! O que se faz na Justiça, quando se
demanda duas partes? Nomeia-se um perito e nomeia-se um assistente das partes,
porque se os servidores botarem um cálculo, a Prefeitura vai dizer que esse
cálculo não está correto. Se a Prefeitura botar o cálculo, os servidores vão
contestar. Agora, se um terceiro colocar o cálculo, Ver. Haroldo, e nomearem-se
assistentes para a peritagem dessa matéria, Ver. Beto, parece-me que é razoável.
Então,
o que a Prefeitura está pedindo? Onze por cento. O que os servidores acham que
têm de pagar? Oito ou 7,7%? Somam-se os dois, faz-se a divisão pelo meio,
faz-se uma tarifa média e faz-se o cálculo, a não ser, então, que o cálculo
atuarial não tenha nenhuma fundamentação, quer dizer, não precisa de cálculo; o
cálculo veio, foi juntado aos autos por ser juntado. Ou tem cálculo atuarial ou
não tem cálculo atuarial! Se eu vou trabalhar com cálculo atuarial, eu tenho de
ter, evidentemente, fundamentações, seja de um lado ou de outro, para poder
contestá-lo. Portanto, Ver. Dib, queria dialogar com V. Exª, com a sua Bancada,
com o Líder da Bancada, que é o Ver. Beto Moesch. Eu acho, Ver. Beto, que o
conjunto desta Casa, eu já disse, Oposição, Governo e servidores deveríamos nos
reunir por duas, por três, por quatro horas, encontrar um caminho e a Casa, no
seu conjunto, votar essa matéria.
Se
for de atropelo, desse jeito, eu já vou avisar: votarei contra! Se quiserem
encontrar uma situação negociada, contem comigo! E eu vou ser parceiro para
ajudar, e a nossa Bancada vai ser parceira. Agora, se for vir de atropelo, nós
não vamos caminhar nessa direção, porque o desejo que vejo nos servidores - eu
não vejo atropelo – é o de encontrar uma situação negociada; não vejo
intransigência.
Agora,
acho, Ver. Nereu D'Avila, com todo o respeito, que é chover no molhado dizer que vou botar uma Emenda da bimestralidade,
porque não vão pagar, vão cobrar os 11%. A Bancada do Governo não cumpre
acordo, diz uma coisa, vota emendas aqui e depois vem aqui e derruba o veto. E
eu não vou fazer acordo desse jeito para trair compromisso, porque muitos
acordos já foram feitos nesta Casa e, da nossa parte, sempre cumpridos; da
parte do Governo, nunca é cumprido, faz uma coisa aqui e depois derruba as
Emendas, aqui, na hora do veto.
Então,
eu acho que não há problema nenhum, querem votar na quinta-feira, vamos votar;
querem votar na quarta-feira, vamos votar. Se quiserem atropelar, a nossa
Bancada já tem posição; se quiserem negociar, nós estamos tranqüilos para
encontrar uma solução mediana, que possa ser a defesa, acima de tudo, não dos
interesses dos Vereadores, porque eu não creio que qualquer servidor não queira
ver um Fundo fortalecido, não queira ver um Fundo que seja capaz, efetivamente,
de resgatar as aposentadorias amanhã ou depois. Porque, se são eles os
interessados, mais do que ninguém os servidores devem lutar para preservar a
saúde do Fundo Previdenciário.
Agora
acho que há como resolver, se o cálculo apresentado... se os servidores dizem
que não têm de pagar o déficit que está aí, de 40 milhões, e que, de certa
forma, o atuário disse aqui que isso é compromisso da Prefeitura, então, nós
teremos de clarear essa matéria para o bom andamento e para o equilíbrio desse
debate. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e também na
TVCâmara, queria saudar a todos. Hoje pela manhã escutei uma parte do Programa
Polêmica a respeito do “sim” ou do “não” cercamento do nosso Parque
Farroupilha. Parece – eu não ouvi o resultado final -, mas tive a informação,
agora há pouco, que foi 3 por 1 favorável ao cercamento.
Vou,
aqui, tentar expor uma idéia para que a população entenda o que eu vou dizer
nesta tribuna; os dois extremos da questão. Nós temos aqui a foto da Daiane -
(Mostra o jornal Zero Hora.) -, essa menina que engrandece o Brasil por tudo o
que tem feito, sem dúvida nenhuma, é admirada, não só aqui no Brasil, mas no
mundo inteiro; uma pessoa simples, pobre e já alcançou a admiração do mundo. E
vamos ver o outro extremo: as coisas ruins que acontecem na Cidade. Eu sempre
digo aqui que todos nós somos mortais, todos nós, um dia, deixaremos uma
história aqui, meu caro Presidente, Ver. Elói Guimarães, boa ou ruim.
Sobre
o pronunciamento do Ver. Elias Vidal, gostaria de dizer que os monumentos, os
bustos de pessoas históricas que, na sua passagem por este Planeta, deixaram
uma história marcante, são provas para a população e para as próximas gerações
da história desses personagens, o bem que fizeram por esta Pátria, por esta Bandeira,
por esta nossa Nação. Agora, só que as pessoas, talvez muitas, as próximas
gerações, meu caro Ver. Haroldo de Souza, não tenham condições de conhecer
esses personagens, porque são retirados os bustos e guardados no armário. Mas
onde é que nós estamos? Não existem guardas-municipais, os guarda-parques que
têm a responsabilidade de cuidar? O Parque Farroupilha é grande, e não é nada
fácil retirar um busto, tal a forma como são colocados. São parafusos enormes,
e as pessoas vão lá e retiram, quebram, jogam pedras fazendo barulho, e ninguém
vê nada. Os guardas não vêem, ninguém vê nada, não acontece nada, e esses
vagabundos andam por aí fazendo o que bem entendem. Olha, sinceramente, eu acho
que esse tipo de notícia nos jornais - pessoas de outros países, meu caro
Haroldo de Souza, que lêem essas notícias dos nossos jornais -, sem dúvida
nenhuma, não fica nada bem. Como é que essas pessoas, como já disse, que têm
uma história, são homenageadas e, de repente, para conservar suas estátuas,
suas molduras, agora vão ter que ser retiradas e chaveadas no armário? Não
adianta nada. Alguém vai lá abrir o armário para ver a história dessas pessoas?
Do jeito que está, amanhã ou depois, podem roubar o Laçador. Então, vamos
pegar, vamos guardar o Laçador no armário, porque os vândalos estão roubando,
estão destruindo.
Infelizmente,
como eu já disse, são os dois extremos da coisa: a nossa querida Daiane, na
foto do jornal, com a nossa bandeira que nós tanto amamos, e, por outro lado...
Talvez, ela, pela sua história, pelo o que ela está fazendo pelo nosso País,
sem dúvida nenhuma, alguém lembrará e a homenageará. Mas, de repente, terá de
colocar o seu busto num lugar estratégico, ou retirá-lo para ser guardado no
armário. É lamentável, sinceramente, lamentável. Muito obrigado, Srª
Presidenta.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, Ver. Elói Guimarães, na
Secretaria dos trabalhos, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras
e senhores, teimosamente, a Prefeitura Municipal lança Edital para licitação da
coleta automática de lixo em nossa Cidade, afrontando legislação ora vigente em
nosso País.
Imaginem os senhores, que
existe um edital para que os documentos sejam apresentados até o dia 19 deste
mês de abril, para a compra de caminhões que vão automatizar a coleta de lixo
em uma parte da Cidade, que vai custar cerca de 12 milhões de reais, pagos em
parcelas semestrais.
Ora,
estamos num ano eleitoral e no último ano da atual administração. Temos uma Lei
de Responsabilidade Fiscal que diz, no seu artigo 42, que, nos oito últimos
meses, não se pode contrair dívidas que fiquem para o seguinte administrador
pagar.
Essa
conta que está sendo contraída pelo atual administrador vai ter a duração de 5
anos, porque será paga de forma semestral. E mais, se não bastasse isso, temos
na Lei Orgânica do Município, artigo 56, inciso II, que toda a operação de
crédito precisa passar pela Câmara Municipal. Está na parte dos assuntos que
cabem à Câmara Municipal dispor à sanção do Sr. Prefeito Municipal, e um dos
assuntos é operação de crédito.
Sabe
como é que está lançado o Edital, Ver. Haroldo de Souza? Nas seguintes bases:
os caminhões que vão ser comprados na Europa já vêm com o financiamento pronto
através das empresas que vão participar da licitação. Mas o pagamento desses
caminhões será feito, é claro, pela Prefeitura Municipal, porque esses
caminhões serão repassados para a Prefeitura Municipal, para o Município de Porto
Alegre. Ora, completamente irregular! E o pior, Ver. Wilton, é que esse tipo de
licitação corre secretamente, porque afinal de contas quem recebe cópias dos
editais, quem conhece esses editais e quem consulta para saber desses editais
são as empresas que estão interessadas. Nós aqui, Vereadores, não sabemos
absolutamente nada, a não ser que nós tenhamos, realmente, informantes, como é
o caso deste Vereador que recebeu a informação de que essa licitação estava se
desenrolando no Executivo Municipal.
Eu
acho que essas coisas não podem ser tratadas assim. Se nós não descobrimos,
Ver. Wilton, sabe o que vai acontecer? Eles fazem e ganha a empresa que eles
bem entendem; eles fazem e contraem essas dívidas, contrariando a Lei de
Responsabilidade Fiscal, contrariando a Lei Orgânica do Município; prejudicam o
Município; não deixam que a Câmara discuta esses problemas que é a modificação
da coleta, hoje coleta manual, para coleta automática, e tudo isso eles acham
absolutamente legal.
Eu
estou fazendo uma convocação do Diretor do DMLU para ser ouvido na Comissão de
Justiça, mas se os Vereadores quiserem, podemos trazer o Diretor para este
plenário, mas, em todo o caso, eu fiz a convocação, entreguei, hoje, cópia na
Comissão de Justiça para que o Diretor venha até esta Casa prestar
esclarecimentos. Por que querer enganar esta Casa? Por que querer fazer uma
operação de crédito sem que esta Casa saiba? E por que contrair dívida para o
Município no último ano de gestão para ser paga pelo próximo Administrador?
Realmente, são perguntas que têm de ser respondidas pelo Diretor do DMLU.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Wilton Araújo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. WILTON ARAÚJO: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes,
Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que estão aqui na nossa
assistência hoje e aqueles que pela televisão nos acompanham, me trazem e me
motivam vir em nome do PPS a esta tribuna dois assuntos que são de boa e alta
relevância para o Município de Porto Alegre. O primeiro deles eu acho que até
transcende as fronteiras do Município, na medida em que não será um comentário
só sobre a atuação, o brilho, a garra, a vontade, a determinação da nossa
gaúcha de ouro, a Daiane, mas eu gostaria de centrar o meu pronunciamento em
uma abordagem que ela fez. Parece-me interessante que, na medida em que ela
ganha as manchetes mundiais, ela diz, alto e bom som, para que toda a imprensa
do mundo possa ouvir e registrar que, sim, que no Brasil - e ela é testemunha
disso - existe a discriminação racial.
Eu
anotei esta parte da entrevista dela, dos pronunciamentos dela, porque me
pareceram interessantes, dado que ela é uma jovem com uma estrela ascendente,
com consciência da causa que estamos vivendo no País. Nesse sentido, me parece
que ela poderá vir a ser uma grande porta-voz, e eu gostaria de parabenizá-la
pela consciência, pelo adequado da hora em que ela faz essa manifestação com
coragem, com determinação. Também gostaria de dar a sustentação toda que esta
Casa, porventura, possa dar a uma estrela da magnitude de Daiane, sendo,
certamente, suporte para que ela assuma e tenha na sua carreira, não só o
esporte, mas também a consciência de que a negritude deve ser exercida todos os
dias. Esperamos que ela possa ser esse porta-voz que o movimento, no âmbito
internacional, espera e aguarda em termos de Brasil.
Outro
assunto que me traz a esta tribuna, é, sem dúvida nenhuma, a denúncia do Ver.
Luiz Braz. Essa denúncia, Ver. Luiz Braz, realmente é muito séria, ela cala
muito fundo e traz à nossa memória recente outros fatos, como a troca, por
exemplo, das empresas que fazem a coleta do lixo na Cidade de Porto Alegre, que
foram feitas sempre em períodos assim, pré-eleitorais. E essas mudanças, muitas
delas... Lembro-me agora da compra de um incinerador de lixo, já há algum
tempo, a troca para uma empresa - acho que é a empresa atual, a tal de PRT, que
está aí -, e, agora, se quer fazer de novo. Parece uma fórmula, e vem em ondas.
Eu não sei por que esses períodos se prestam para isso! Eu não consigo
entender. Ou, talvez, não queiram dizer para que esses períodos se prestam. Mas
temos de ter cuidado, esta Casa tem de estar atenta, Vereador. Se há
financiamento, tem de passar aqui. E essa de se ter financiamento para a
empresa, e é por isso que não pode passar aqui, aí não. Aí, é falcatrua! Isso
está errado. Vamos trazer. Se é financiamento e é o povo de Porto Alegre que
vai pagar, tem de trazer para a Casa, sim.
Eu
faria um apelo a V. Exª e aos Vereadores desta Casa para que esse Requerimento
fosse alterado e nós pudéssemos trazer o Diretor ao plenário, para que toda a
Cidade fique sabendo. Por que nós estamos fazendo isso agora? Por que não
passou na Câmara antes o financiamento? Por que tem de trocar esse sistema
exatamente neste momento, no ocaso, no findar de uma administração de 16 anos
que está aí ? Não se sabe o que poderá fazer mais do que já fez. Se não fez,
não faz mais. Por que quer contratar? Será que a próxima administração vai
querer esse novo sistema? Há que se questionar, sim. Nós somos parceiros, Ver.
Luiz Braz, nessa luta. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Antes de passar a palavra ao Ver.
Sebastião Melo para uma Comunicação de Líder, eu quero apregoar o Projeto de
Decreto Legislativo (nº 002/04) que aprova as contas da Prefeitura Municipal de
Porto Alegre referentes ao exercício de 1998.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Srª Presidenta, é para um Requerimento.
Eu já usei o tempo de Liderança, muito obrigado. Srª Presidenta, eu requeiro a
V. Exª que junte aos autos do Processo que tramita sobre a Lei da alíquota da
Previdência, a Lei que instituiu a bimestralidade para os servidores
municipais, bem como o Decreto-Lei que sustou a bimestralidade. Muito obrigado,
Presidenta.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Ver. Sebastião Melo, o senhor pode
encaminhar por escrito esse Requerimento.
O
Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Exma Verª Margarete Moraes,
Presidenta desta Casa, demais Vereadores e Vereadoras, todos os que nos
assistem aqui e também nas suas casas, queremos, no início desta nossa
manifestação pela Bancada do Partido Comunista do Brasil, fazer a nossa
saudação fraterna aos Vereadores que saem das suas Secretarias e retornam a
esta Casa: Helena Bonumá, Sofia Cavedon, Guilherme Barbosa, Gerson Almeida. Com
isso, o peso feminino desta Casa aumentou, e, no dia de hoje, temos cinco
Vereadoras presentes na Casa, o que é importante para nós e para Porto Alegre.
Em
segundo lugar, como os diversos Vereadores já referiram, creio que é muito
importante saudar o êxito dos nossos atletas neste Campeonato Mundial de
Atletismo: a nossa Daiane dos Santos, ouro, e, também, o nosso gaúcho Mosiah
Rodrigues, prata, e os irmãos Hypólito, com três medalhas de ouro, num conjunto
de oito medalhas, e o Brasil, Coronel Leal, com o primeiro lugar na etapa
brasileira de atletismo, o que é algo inédito. Certamente, faz parte de uma
nova época no Brasil e acreditamos - porque são muitas as coincidências - que
tenha algo a ver com o reforço ao esporte que está sendo dado pelo Governo
Lula, pelo nosso Ministro e também pela nova legislação referente ao
financiamento do esporte no Brasil. Está de parabéns o Brasil, está de parabéns
o Rio Grande do Sul e o esporte brasileiro por esses resultados tão
importantes, que dificilmente são conquistados a curto prazo, e teremos, com
muita certeza, êxitos maiores com o passar do tempo pelo apoio que os nossos
Governos estão dando ao esporte.
Queríamos,
também, registrar com grande satisfação, o que hoje a imprensa mostra, que é
esse acordo que está sendo feito entre o Mercosul e a Comunidade Andina. Nós
sabemos que o Mercosul já havia estabelecido acordos com a Bolívia e com o Peru,
mas hoje é noticiado um acordo mais amplo, abrangendo já toda a Comunidade
Andina, no caso mais a Colômbia, o Equador e a Venezuela. O Brasil, sob o
Governo Lula, vai jogando um papel internacional cada vez mais importante.
Lembremos o Grupo 21, em Cancún, lembremos a articulação com a China, a
articulação com a Índia, a articulação com a África do Sul, a articulação com a
Rússia, a articulação com o Mercado Comum Europeu, e, agora, na América Latina.
Na verdade, não podemos ver isso, Verª Helena Bonumá, somente como medidas
comerciais. Isso tem um papel geopolítico mundial. O Brasil, com esses
movimentos, está diminuindo a sua dependência ao “Império do Norte”, está
criando condições para não ter de aderir a uma ALCA, que é a subordinação, Ver.
Cassiá, que às vezes diz que esta Bancada não fala mais da ALCA; esta Bancada
continua falando e continuará falando, porque o PCdoB é contra a ALCA que os
Estados Unidos querem impor ao nosso Brasil, e, agora, ficamos satisfeitos,
pois, ultimamente, a Bancada do PTB tem-se somado a essa preocupação. Nós somos
pioneiros nessa luta, nesta Casa, aqui.
Então,
eu dizia que o Brasil, com essa articulação, vai criando condições para não ser
submetido à ALCA, e eu recordo, aqui, o que aquele Secretário de Comércio
norte-americano, mais afeito a titular do departamento de colônias dos Estados
Unidos, quando veio aqui, e o Brasil se manifestava contra a ALCA: “O Brasil,
se não entrar na ALCA vai ter de comerciar com os pingüins”, dizia ele, na sua
arrogância. E o Lula está mostrando que o Brasil é uma potência, que não vai
comerciar com os pingüins, não; vai comerciar com a China, vai comerciar com a
Rússia, com a Índia, com o Mercado Comum Europeu, com a África do Sul, e com
toda a América, e quem vai ter de um dia desses comerciar com os pingüins da
Groelândia vai ser o “Império do Norte”.
Para
finalizar, eu queria falar, também, de outra notícia auspiciosa: quinze bilhões
de reais destinados pelo Governo Lula para a política industrial de um Governo
soberano, como o nosso. O Brasil está liberando, o Governo Federal está
liberando, por intermédio do BNDES, o Banco do Brasil para aplicação em software, em bens de capital, em
semicondutores, em fármacos, em pesquisa em biotecnologia, Ver. Pedro Américo
Leal - que é um nacionalista -, em monotecnologia, em biomassa. Realmente, se
abre uma nova página na história deste País, graças ao Governo Lula que tem a
honra de ter o PTB apoiando, o PMDB, o PPS apoiando e o PP. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. JOÃO BOSCO VAZ (Questão de Ordem): Srª Presidenta, se é que eu ouvi bem, eu
quero fazer uma correção, Ver. Raul Carrion, que esteve na tribuna há pouco e
falou no nosso gaúcho Masiá. O correto é um gaúcho chamado Mosiah, que
representa o Grêmio Náutico União e ganhou medalha, ontem. Então, queria fazer
essa correção.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada, Ver. João Bosco Vaz.
O
Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras
e Srs. Vereadores, aproveito para saudar os Vereadores que estão assumindo:
Verª Sofia Cavedon, Verª Helena Bonumá, Ver. Gerson Almeida e Ver. Guilherme
Barbosa.
Hoje,
um tema bastante discutido foi a questão do cercamento da Redenção, assunto
esse debatido em todas as Legislaturas. Quero ressaltar que, no ano passado,
tivemos uma longa discussão aqui, nesta Casa, e na oportunidade ingressamos com
um Projeto, que está tramitando, que acrescenta ao capítulo I, Titulo II da Lei
Complementar nº 012, de 07 de janeiro de 1975, que institui posturas para o
Município de Porto Alegre e dá outras providências.
Mas,
quero ressaltar o que diz o art. 20 desse nosso Projeto de Lei. "Os
logradouros públicos, tais como praças, jardins, largos e parques somente
poderão receber cercamento com parecer permissível do Projeto pelo Conselho
Municipal de Desenvolvimento Ambiental, adequadamente após a aprovação por
consulta da população através de plebiscito". Ou seja, nós entendemos e
queremos colocar um fim nessa discussão: se tiver de ser cercado qualquer
logradouro público aqui em Porto Alegre, que seja só por meio de plebiscito. Ou
seja, a população, como um todo, é que vai-se posicionar. Está tramitando este
Projeto, inclusive agora o Ver. João Antonio Dib, na Comissão de Finanças e
Orçamento, que é o parecerista, o está analisando.
V.
Exas sabem da minha posição especificamente quanto à questão do
cercamento: somos contrários; e temos algumas justificativas. Primeiro, nós já
vivemos num mundo cercado de grades por todos os lados: nossas casas têm
grades, os condomínios têm grades, onde se for há grade. E isso lembra-me muito
a Idade Média, quando as cidadelas eram constituídas, eram cercadas de muros,
havia um portão, e para ingressar na cidade, pagava-se um pedágio.
Ora,
neste mundo em que nós vivemos hoje, os parques e praças são dos poucos lugares
onde ainda nós podemos circular. “Não, mas é para ter segurança”. Eu pergunto:
nos nossos parques e praças públicas existe a insegurança durante o dia? Não
existe. Podem verificar os dados da Brigada Militar, não existe assalto durante
o dia, não existem roubos durante o dia. Então, para que cercar? Agora, há
alguns detalhes que nós queremos discutir com V. Exas. Já expusemos
o argumento de ir e vir e o porquê deste mundo estar cada vez mais cercado.
Ora, quem é que vai ao Parque Farroupilha de madrugada? Qual o tipo de pessoa
que vai lá ao Parque Farroupilha à uma hora da manhã? O que é que vai fazer no
Parque Farroupilha à uma hora da manhã? Deixo a resposta para cada um de V. Exas.
Além disso, nós estamos num processo de
dificuldade financeira. Imaginem, os senhores e as senhoras, o custo que é para
cercar aquela área de 37 hectares! Quem é que vai pagar? “Ah, mas vai sair dos
cofres públicos”. Esse dinheiro – no meu entendimento – pode ser investido na
área social ou para a melhoria de outros parques e praças públicas.
Acho
que temos de fazer essa discussão. Se for cercar, vai melhorar a segurança,
vamos ter mais segurança? Não vamos ter mais segurança! Nós temos de – e aí,
sim, podemos fazer e, agora, a Verª Helena Bonumá está reassumindo, ela pode
contribuir - fazer uma ampla discussão e colocar de que forma é vista a questão
da segurança, porque ela é bem mais ampla do que isso; ela envolve todo um
contexto social, um contexto econômico, e não é simplesmente limitando uma área
que nós vamos ficar seguros. Então, nós vamos tentar aprovar, o quanto antes,
esse Projeto que está tramitando, para tentar colocar um ponto final. Ou seja,
se querem cercar, vamos deixar a população decidir. Não seremos nós, os 33
Vereadores, que vamos decidir. E eu tenho certeza de que, se nós tivéssemos de
decidir, eu seria derrotado aqui, porque a maioria é contra o cercamento.
Nós
temos especialistas na área de segurança, como o Ver. Pedro Américo Leal, que
tem uma posição favorável. Eu sei disso, mas eu acho que nós temos de fazer
essa discussão num âmbito maior.
Volto
a perguntar: quem é que freqüenta o Parque Farroupilha durante a madrugada?
Existirá a necessidade do cercamento? O Ver. Nereu D’Avila está respondendo...
V. Exª terá a oportunidade – já a teve hoje -, e eu acho que nós vamos
continuar essa discussão, Vereador. Eu entendo que a decisão deve ser por meio
de um plebiscito, e, aí, a população, soberanamente, poderá dizer que, se quiserem
cercar – e a população terá essa soberania -, será cercado.
Então,
nós vamos continuar com essa discussão, mas nós não podemos entender e
simplificar que, por meio do cercamento, nós vamos resolver o problema da
segurança pública em Porto Alegre. Eu gostaria que essa solução mágica fosse
assim, mas sabemos que não é assim. Obrigado, Presidenta.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Carlos Pestana está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS PESTANA: Presidenta Margarete Moraes, demais
Vereadoras e Vereadores desta Casa, em primeiro lugar, eu queria saudar meus
companheiros, minhas companheiras que estão retornando a esta Casa: Verª Helena
Bonumá, Verª Sofia Cavedon, Ver. Guilherme Barbosa e Ver. Gerson Almeida.
Eu
havia me programado, aqui, no dia de hoje, para falar sobre paixão; não aquela
paixão entre as pessoas, mas a paixão por um Projeto, a paixão por uma Cidade.
Mas, infelizmente, como diversas vezes acontece nesta Casa, a gente se vê na obrigação,
como Liderança, de responder a algumas afirmações que foram feitas e que não
são verdadeiras. A primeira diz respeito às declarações pouco felizes do Ver.
Luiz Braz - amigo Luiz Braz - e do Ver. Wilton Araújo sobre a questão da
licitação dos equipamentos que estão sendo comprados.
Ver.
Luiz Braz, com todo o respeito que eu devo a Vossa Excelência, em primeiro
lugar, quero dizer que o melhor informante é o edital publicado nos nossos
jornais, ou seja, não existe licitação secreta; é uma licitação pública, de
conhecimento público que está colocada com toda a transparência.
Em
segundo lugar, é uma licitação de compra de equipamentos. Para falar a verdade,
é compra de caminhões para nós diminuirmos a terceirização e, por conseqüência,
baratear o custo do processo de coleta de lixo em nossa Cidade.
Em
terceiro lugar, não há financiamento externo; há uma troca da dotação de serviços para material permanente.
É
um processo transparente que vai beneficiar a Cidade de Porto Alegre e vai
diminuir custos. Não há nenhum segredo, por isso não temos nenhum tipo de
receio quanto a esse processo licitatório. Ao contrário, nós devíamos estar
aqui elogiando a iniciativa da Administração do Departamento Municipal de
Limpeza Urbana no sentido de estar reduzindo o custo com o serviço
terceirizado. Isso é um investimento que faz bem para a Cidade de Porto Alegre,
porque, efetivamente, diminui os nossos custos e qualifica os nossos serviços.
Na verdade, é um investimento que nós estamos fazendo no setor público.
O
que me causa estranheza - é pena que o Ver. Wilton Araújo não se encontre aqui
- é por que há essa preocupação de alguns Vereadores desta Casa em manter o
serviço terceirizado. Eu devolvo a pergunta ao Ver. Wilton Araújo, que vem
aqui, de forma muito maliciosa, fazer insinuações de que em período de
eleições, enfim... Não, é o contrário. Nós estamos aqui querendo fortalecer o
serviço público; nós estamos aqui investindo no servidor público; nós estamos
aqui dando transparência ao processo licitatório.
Mas
a quem interessa manter o serviço terceirizado? - é o que eu me pergunto. Por
que essa preocupação com esse gesto, com essa ação da Prefeitura que procura
trazer para o setor público uma parcela da coleta de lixo. Este é o primeiro
esclarecimento fundamental que devemos fazer, para que não passe para as
pessoas que nos assistem pelo Canal 16, algum tipo de negócio, algum tipo de
ato pouco transparente da Administração; ao contrário, o ato é extremamente
transparente, a iniciativa é extremamente louvável e acertada do ponto de vista
da gestão pública.
A outra questão que quero
pautar é a do cercamento do Parque da Redenção. Nós tivemos, hoje, a
oportunidade de fazer um debate nas rádios da Cidade sobre a questão do
cercamento do Parque da Redenção. De novo, um profundo equívoco das pessoas que
acham que cercando a Cidade, nós vamos resolver os problemas da segurança.
A
Cidade nunca esteve tão cercada e, ao mesmo tempo, tão insegura, o que falta,
efetivamente, é uma política de segurança mais séria no nosso Estado.
Então, seria profundamente
equivocado nós investirmos mais de dois milhões – que é o valor estimado no
processo de cercamento do Parque – quando a Cidade tem um conjunto de
prioridades muito mais relevantes que essas que estão sendo pautadas por alguns
Vereadores desta Casa. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, que sejam as minhas palavras de saudação aos Vereadores e
Vereadoras, que hoje reassumem seus mandatos. O que, evidentemente, se, de um
lado, nos dá um início de saudade dos que já saíram, nos dá a alegria do
retorno daqueles companheiros e companheiras de jornada, neste trabalho que
todos nós temos neste Parlamento plural, de representar as várias camadas da
sociedade porto-alegrense.
Eu
quero, Srª Presidente e Srs. Vereadores, neste dia, que é um dia desagradável
para mim pelas razões já enumeradas, quando do Requerimento em que solicitamos
um minuto de silêncio na Casa, em homenagem póstuma ao Jorge Salim, que
sepultamos no dia de hoje, neste dia que não me é muito agradável, eu gostaria
de fazer um apelo a toda a Casa, Ver. Bosco e Ver. Pestana, no sentido de que
nós exercitássemos, na plenitude, a postura que V. Exª recomendou da tribuna.
Que usássemos a nossa paixão pela Cidade e pelas nossas idéias para,
desapaixonadamente, construir algumas soluções para alguns problemas que
estão-nos exigindo um desafio; são verdadeiros desafios para nós.
É
evidente que fica num plano absolutamente prioritário a definição a respeito
das alíquotas da Previdência, a construção política que nós temos de fazer em
torno do assunto, o que, se não nos impõe uma pressa exagerada, também não nos
autoriza a uma protelação indefinida sobre o assunto.
Eu
gostaria até, Vereadora-Presidente, de, ousadamente, em nome de uma Bancada de
um só Vereador, conclamar a todas as Bancadas para que a gente buscasse
construir, com a presteza devida, uma saída política, negociada, para pormos
termo a essa polêmica em torno desse assunto que já se alonga em demasia.
Aliás, foi com esse sentido, inclusive, que convalescemos à proposta do Ver.
Nereu D'Avila, e ouvimos hoje com a maior atenção o pronunciamento do Ver. João
Antonio Dib, que eu creio falar em nome do Partido Popular, na busca... Partido
Progressista, Vereador, perdoe-me, eu me perco nas siglas. V. Exª nunca deveria
ter deixado de ser da Arena. Na Arena nós nos entenderíamos e seríamos até
correligionários.
(Aparte anti-regimental do Ver. Renato Guimarães)
O SR. REGINALDO PUJOL: Nem todos. Há muitos da Arena que estão
do seu lado hoje, Vereador. Muitos e bem-aquinhoados. Mas eu diria que a
proposta do Ver. Dib e da sua grei partidária, bem liderada pelo Ver. Beto
Moesch, é outro referencial a nos indicar com clareza a conveniência de nós
sentarmos numa discussão sem preconceito e desapaixonadamente, Ver. Pestana,
trabalharmos sobre esse assunto. Até para dar oportunidade, para que depois possamos
debater outros assuntos aqui na Casa. A Verª Sofia deve estar pronta para
debater com todos nós, especialmente com o Presidente Lula, que acaba de
impugnar toda a experiência da área educacional do Governo, a qual ela integrou
até o dia de ontem e, evidentemente, nós temos uma série de outros assuntos que
precisam urgentemente ser encaminhados, debatidos, exauridos e enfrentados
nesta Casa. Fica esta proposta, que eu faço de coração aberto, sem
preconceitos, sem tomada de posição prévia, sem dizer que nada possa deixar de
ser alcançado, porque acredito que tudo pode ser alcançado se, efetivamente,
nós quisermos criar, Ver. Bosco, e V. Exª é um amante do entendimento...
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Por favor Ver. Reginaldo Pujol.
O SR. REGINALDO PUJOL: Pode e deve, como Líder de uma Bancada
expressiva na Casa, contribuir objetivamente para que isso seja alcançado.
Agradeço a tolerância Vereadora-Presidente e lhe faço fiadora desse convite
que, honestamente, ofereço para toda a Casa.
(Não
revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Havendo quórum, passamos à
O SR. JOÃO BOSCO VAZ (Requerimento): Srª Presidente, foi feito um acordo para
ordem de votação dos trabalhos, que é a seguinte: PLL nº 042/04, PLL nº 249/03,
PLE nº 038/03, PLL nº 270/03, PLL nº 276/03, PLL nº 350/03, PLL nº 416/03, PLL
nº 443/03, PR nº 044/04 e PR nº 045/04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Mesa recebeu um Requerimento para ordem
de votação acordada entre o Ver. João Bosco Vaz e o Ver. Carlos Pestana.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, apesar de a nossa Bancada
não ter sido consultada, nós vamos dar acordo para essa votação, tendo em vista
não haver nenhuma matéria polêmica. Portanto, apesar de não termos sido
consultados, vamos anuir ao acordo das Lideranças.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o Requerimento apresentado
pelo Ver. João Bosco Vaz. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
0982/04 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 042/04, de autoria do Ver. Marcelo Danéris, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Escritor e Poeta
Armindo Trevisan.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia por força do art.
81 da LOM, em 31-03-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 042/04. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 24 votos SIM - pela unanimidade dos presentes.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
4141/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 249/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Nogueira um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro
Restinga.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 05-04-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 249/03. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
4209/03 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 038/03, que declara de utilidade pública a
Fundação de Apoio ao Egresso do Sistema Penitenciário – FAESP. Com Emenda n.º 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto e da
Emenda n.º 01;
- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto e
da Emenda n.º 01;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Cassiá Carpes: pela aprovação do Projeto e
da Emenda n.º 01.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 05-04-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLE nº 038/03. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade dos presentes.
Em
votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 038/03. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 4248/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 270/03, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, que
denomina Rua Peixes um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro
Rubem Berta.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela rejeição do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 08-03-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 270/03. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade dos presentes.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 4255/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 276/03, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, que
denomina Rua Lira um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Rubem
Berta.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela rejeição do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 04-03-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 276/03. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada pela Verª Maria
Celeste. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 13 votos SIM, 08 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
4580/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 350/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que
denomina Rua José Lewgoy um logradouro público não-cadastrado, localizado no
Loteamento Residencial Vitória.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 31-03-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 350/03. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
5560/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 416/03, de autoria do Ver. Ervino Besson, que
institui o Dia do Terapeuta Holístico no Município de Porto Alegre. (c/Sessão
Solene)
Pareceres:
-
da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 05-04-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 416/03. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade dos presentes.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
6131/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 443/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Luiz Carlos Almeida um logradouro público cadastrado, localizado
no Bairro Sarandi.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 05-04-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 443/03. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
0157/04 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 044/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o título
honorífico de Esportista Exemplar ao Atleta Velocista Edemar Abegair Elias Melleu.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 05-04-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 044/04. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por
unanimidade.
DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
0158/04 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 045/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o título
honorífico de Honra ao Mérito Atlético à Professora Ilse Agostini.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM, em 05-04-04.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 045/04. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. JOÃO BOSCO VAZ (Requerimento): Presidente, pediria 30 segundos apenas
para que possamos conversar.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 17h44min.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes -
17h50min): Estão
reabertos os trabalhos.
O SR. CARLOS PESTANA (Requerimento): Srª Presidenta, solicito verificação de
quórum.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Não há quórum.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 17h51min.)
* * * * *